PÁGINA FACEBOOK

https://www.facebook.com/pages/Autor-da-Minha-Hist%C3%B3ria/352657488156512

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Simplesmente a Vida



   Às vezes não sei quem sou, ando perdido nestas encruzilhadas que a vida me propõe, por vezes sigo mesmo o caminho errado, somente para me aperceber de que já não me é dada a oportunidade de trilhar o certo... Aprendi que há coisas que simplesmente não estão destinadas a acontecer, enquanto outras são simplesmente inevitáveis, independentemente da minha vontade de querer ou não contrariá-las... Quando a vida me magoa deixo que a chuva se misture às minhas lágrimas e sigo em frente, sempre em frente, uma folha jogada no vento, à mercê das suas correntes, com nada mais que uma ténue esperança de chegar a bom porto. Este sou eu, e estas as minhas palavras. Parte daquilo que fui, parte daquilo que sou... necessariamente parte do que serei... Sejam bem-vindos ao meu pequeno mundo de sonhos e contradições...

   Acho que finalmente vou ser capaz de deixar-te partir. Chorar o passado não me levará jamais a lugar algum. A vida é, apercebi-me, como um rio que corre sempre na mesma direcção sem jamais andar para trás.
   Ao meu pequeno cais chegam diariamente inúmeros barcos, transportando pessoas que ora me são especiais ora não desempenham mais que um papel de figurantes nos meus dias. Houve uma altura em que quiseste o papel principal nesta peça de teatro em que eu serei o eterno protagonista e também já houve um tempo em que eu quis que o fosses. Infelizmente não coincidiram. O acto chegou ao fim, a cortina caiu e a peça acabou sem palmas para ti. E eu, absorto na falta que me fizeste, não dei pelos aplausos de quem permanecera comigo.
    Tu partiste do meu pequeno porto seguro em busca de algo que não encontraste em mim noutras paragens. Agora vagueias, inexoravelmente, à mercê das correntes do rio. Sinceramente não sei se algum dia voltarás e, a cada dia que passa, aprecebo-me de que a tua memória e todos os sentimentos que me despertava se esbatem algures dentro de mim.
A cada dia deste jovem Inverno dou-me conta dos pequenos pormenores que são meus e que me alegram... a maneira súbtil como uma amiga fala quando me quer arrancar um segredo, as brincadeiras com o cão e a maneira como amua quando lhe tocam no pêlo, as piadas, às vezes secas, do meu irmão, que é um melguinha, mas também um grande amigo.
   A vida é feita de ciclos e, por isso, às vezes também há gente que regressa com a corrente. Tal como não percebo muitas vezes porque soltam as amarras quando partem, também não compreendo o porquê de voltarem a ancorar neste meu cais. E o certo é que, de momento, não me interessa. O que eu sei é que, aos poucos, estas pessoas e outras novas que cheguem vão ocupando o vazio que deixaste na minha vida... e quem sabe não chegará em breve alguém para preencher o lugar que deixaste vago no meu coração...
   No fundo eu só quero amar. Quero amar e ser amado até à loucura, até à eternidade, não por aquilo que queiram ver em mim, mas por aquilo que sou cá dentro e que nunca muda. Quero um amor de romance, de novela, daqueles que vencem mil e uma adversidades e vivem felizes para sempre. Quero olhar para trás ao fim da vida e poder dizer que amei de todo o meu coração e que não podia ter sido mais feliz. Um dia pensei poder compartilhá-lo contigo, mas, ao que parece, era simplesmente algo que não estava destinado a acontecer. Perdi uma oportunidade única talvez, mas outras virão, com outra pessoa que me consiga tocar de maneira mais profunda. Quem sabe essa pessoa já não tarda? Quem sabe se já não chegou?    Quem sabe não partiu e vai regressar? Só o tempo... e eu, por ora, não tenho pressa para nada senão para ser feliz, vivendo um dia de cada vez à espera de um momento que, cedo ou tarde, vai chegar e mudar a minha vida para sempre... para melhor.

Até amanhã,
meu amor.

Sem comentários:

Enviar um comentário