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quarta-feira, 12 de março de 2014

Eu não enxerguei nada que estava na minha frente a tentar viver uma fantasia.

Acho que desta vez acabou. Depois de 6 anos de sofrimento, de ilusões, de esperas, de memórias, de recordaões, de mágoas... enfim de vida, parece-me que finalmente me foi dada a oportunidade de prosseguir com a vida. Pena que foram precisos seis anos de muita dor e sofrimento, para chegar aonde estou. Depois de tanto esperar por ti e de acreditar que a vida nos ia dar uma oportunidade de ficarmos juntos, de passar seis anos a teimar nisso, dou por mim a escrever sozinho e sem ti. Só que desta vez sem sofrimento. Apenas alguma tristeza, porque afinal de nada me valeram estes seis anos. E é sempre triste nós olharmos para trás e vermos que perdemos anos da nossa vida a viver uma fantasia. Ou melhor a acreditar com todas as forças e teimosia nessa fantasia. Eu não enxerguei nada que estava na minha frente a tentar viver uma fantasia.
Acho que a minha história retrata a forma como as pessoas escondem os próprios sentimentos e às vezes deixam a vida passar e perdem todas as oportunidades de serem felizes. E chega num ponto que elas se perguntam: "O que aconteceu com a minha vida?" e isso é muito triste. E talvez seja por isto que neste momento só a tristeza me acompanhe. E a tristeza nem se deve ao facto de não estarmos juntos. Deve-se ao facto de perceber só agora e depois de tanto tempo que andei enganado, que não vi a realidade (ou não a quis ver), que o tempo passou e a minha vida ficou parada. Tudo porque o meu coração pertencia a alguém, que hoje vejo, nunca me irá pertencer. Hoje vejo que esteve sempre tudo tão visível. Esteve sempre tudo à minha frente. E eu nunca o vi. Como é possível?
Só agora percebi o verdadeiro significado da verdadeiríssima frase: "O amor é cego e a loucura acompanha-o sempre". Amei para nada. Sofri para nada. Esperei para nada. Parei a minha vida para nada. 
Por isso é que tenho certos momentos em que a minha vontade é voltar para trás, rever a minha história, é como reler a página de um livro para entender melhor a história que está a ser contada e poder seguir adiante. Neste momento eu quero ficar sozinho mesmo. Eu quero rever os lugares que marcaram a minha vida... quero rever-me a mim mesmo.
A vida inteira eu abri mão de sonhos e o último foste tu.


sábado, 8 de março de 2014

Eu espero por ti



Fico melancólico e nostálgico, cada vez que assisto aos últimos episódios de uma novela qualquer. As declarações de amor que são feitas, e o sentimento que alguns actores conseguem depositar nas palavras que prenunciam, deixam-me estagnado. E todas as vezes que isso se sucede eu questiono a mim mesmo, ao vento, ao céu, ao horizonte, quando é que o meu “final feliz” vai acontecer. Os dias correm, as horas voam, e não há meio de chegar a hora de encontrar o meu destino feliz. Certo dia, li no livro de um amigo meu a frase: “A vida é uma questão de escolhas, e nós vamos fazendo as nossas, independentemente de percebermos para que servem, se nos levam no caminho certo ou se nos vão lançar na perdição” (Richard Towers em “Tempo”), esta afirmação está certíssima. Todos os dias fazemos escolhas, nem que seja apenas a escolha do caminho que queremos trilhar, se queremos ou não passar naquele sítio, e correr o risco de encontrar a pessoa que faz o nosso coração palpitar e as pernas tremelicarem como se fôssemos sofrer um desmaio porque o ritmo cardíaco aumentou descontroladamente. Somos obrigados a fazer escolhas. A optar por alguma coisa. Não me sinto a fazer qualquer escolha. Quando dou por mim, a vida já virou de novo o rumo das coisas. Eu gostava muito de ser uma personagem de um livro, sofrer até á exaustão, mas no final todo esse sofrimento ser recompensado com uma daquelas declarações de amor que só se vêm no último episódio das novelas. Queria uma declaração de amor tua, apesar de não querer que voltes. Todos os dias eu espero por ti, mesmo dizendo a mim mesmo que não quero que voltes e que sei que não me amas. Há uma música que diz assim “eu espero por ti, seja o tempo que for eu espero por ti, se fores para longe, se quiseres partir, vou sofrer é verdade mas espero por ti… eu espero por ti, enquanto o tempo não passa eu espero por ti, podes ir para longe, para o outro lado do mundo, vou sofrer lá no fundo mas espero por ti…”, nem sonhas as vezes que eu ouço esta música, imaginado estar a sussurrar-te estes versos ao ouvido! Eu talvez não seja tudo o que tu imaginaste ou sonhaste para a tua vida, estás no teu direito de fazer as tuas escolhas, nem que isso implique eu estar de fora delas, mas eu quero que saibas que te amo, há anos que te amo, há anos que arrisco e dou tudo por ti, e continuarei a fazê-lo, porque no fundo do meu coração, há uma voz que me diz, que isto não é errado, e que um dia o impossível pode acontecer. Pode ser só a voz da teimosia, mas hei-de continuar a ouvi-la, porque mesmo que eu não a queira ouvir e tape os ouvidos, a voz esta dentro de mim, e o som dela ecoa por todo o meu corpo. Sou louco por ti, sempre o fui. Não posso negar e dizer que apesar de todas as monstruosidades e do sofrimento que me causaste ao longo destes anos todos, eu não te amo. Estaria a mentir. Eu amo-te. Eu quero-te. Eu quero fazer-te feliz. Seria bom é que tu quisesses o mesmo. Tenho a cabeça feita em água. Cheio de dúvidas, de perguntas sem resposta, de pontos de interrogação sem fim. Como é que eu vou seguir em frente, se o passado não está resolvido? Quando há situações ambíguas que não me fazem ver com clareza o que realmente está a acontecer? A única certeza que tenho é a de que te amo muito. Sonho contigo algumas vezes. É como se tu estivesses dentro do meu sangue, percebes? Como se fizesses parte das minhas células. Como se habitasses dentro de mim. E no fundo, habitas. Habitas dentro do meu coração. É lá a tua casa, abre os olhos, e percebe isso. Se queres abraçar o mundo, abraça-me a mim, porque farei de tudo para te ajudar a concretizar os sonhos. Eu faço tudo por ti. E esperarei pelo meu dia. O dia de ficar ou não contigo. Estou muito confuso, também me sinto no meio do mar, sem remos e sem saber para onde remar…