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domingo, 25 de novembro de 2012

Até ao dia que descubras, que a tua Casa é o meu Coração...



- “Uma história de amor à procura de um final feliz?”, é este o livro que escondes?
- Sim.
- Mas porquê?
- Porque não teve final feliz. Porque conta o desencontro do grande e único amor da minha vida.

Há certos segredos que devem permanecer por revelar. Guardei só para mim a história deste amor ao longo destes últimos anos da minha existência. Anos de felicidade, de dor. Anos de alegria e tristezas. Anos de derrotas e desilusões. Aprendi mais estes últimos anos contigo, do que todos os outros antes de ti. O mais triste no meio de tudo isto, é teres deixado que tudo fosse assim; que tudo fosse para o fundo do poço, sem qualquer remorso.
Charles Chaplin, escreveu uma vez que ‘Amar quem nos rejeita é perfeição’. Dou comigo mesmo a pensar que o amor mais perfeito é o não correspondido, no caos em que tem andado o mundo, amar é para os corajosos e para os destemidos. Amar-te é perfeição, porque contra tudo e contra a própria realidade eu ainda acredito no destino, e na força da surpresa que por vezes a vida teima em nos oferecer. Amo-te incondicionalmente, sem amarras nem perguntas, nem cobranças, mas continua a não ser o suficiente. Nunca o meu melhor te é suficiente. Pessoas que nem o meio-melhor deram por ti, recebem tudo aquilo que a mim me negas.
Tenho dado comigo a pensar: Como é que vai ser no dia em que souber que te casaste e que já tiveste filhos? Como é que vou ficar eu no meio dessa realidade? Até tenho medo que esse dia chegue, embora saiba que vai acontecer. Esse medo é tanto, que mais força me dá para te esquecer. Mas os dias passam e sinto o teu amor dentro de mim, como desde o primeiro dia que entraste na minha vida. O meu amor por ti é intocável. Nem as desilusões o esmorecem. Resisto ao impulso de ligar-te, de seguir-te, de procurar-te para te ter mais uma vez nos meus braços. Para te sentir novamente perto de mim. Resisto… mas todo o meu corpo implora por ti. Que culpa tenho eu de desejar-te perdidamente? Que culpa tenho eu de amar-te sem limites? Que culpa tenho eu de tu não me amares? E sem piedade viraste-me as costas, e eu ávido de ti, esperei-te e ainda te espero dias e noites, que se transformam em meses e acabam em anos. Espero. Mesmo estando ciente de que no final desta espera só a solidão me aguarda.
Aquilo que vivemos deve ser guardado com carinho, mas devemos seguir em frente se não há mais esperança, só que a minha esperança é mais teimosa que a realidade, que todas as provas de desamor que me dás todos os dias, embrulhadas em desilusões e ausência, e acaba sempre por me sussurar: “no final vocês vão ficar juntos. O vosso caminho é o mesmo.” E depois arranjo mil e uma desculpas para acreditar que isso é verdade, tento desculpabilizar as tuas atitudes para preencher a dúvida e o grande ponto de interrogação em que vive o meu futuro. Mas volto a perguntar: como é que vai ser quando casares e tiveres filhos? Como é que vai ser quando tiveres a tua casa e a tua vida feita ao lado de outro alguém? Como é que vai ser? Se mesmo tu estando só, mas ausente de mim, o meu coração quase desfalece ao fim de cada dia, imagina no dia em que souber que te casaste, que tiveste filhos, que construíste uma vida e uma família. Onde é que eu vou ficar nessa realidade? Provavelmente, será aí o meu fim…
Tudo o que te escrevo, penso que mostra o que o amor significa de verdade: doação plena. Quando amamos ou doamos o nosso coração para alguém não importa o que aconteça sempre permanecerá junto a essa pessoa, e nem mesmo a morte é capaz de apagar algo que gravamos para sempre na nossa alma. Só quem já viveu um amor assim pode saber como é sobreviver sem a pessoa amada. Não tem um dia que não se pense nela. E mesmo que passem anos, não se deixa de amar quem o tempo já levou consigo e que deixou a saudade para nos lembrar que esse amor de facto existiu...
E no dia em que casares, tiveres filhos e construíres família, o dia de maior felicidade para ti, é o dia em que tudo aquilo em que sempre acreditei e sonhei deixará de existir, e aí sim, não terei mais razões para aqui ficar… Porque mesmo distante, é por ti que o meu coração bate, e, acredito ainda e sempre e apesar de todas as contrariedades que o destino nos vai juntar, e tu saberás por fim, reconhecer quem sempre te amou, quem sempre te esperou, quem nunca desistiu de ti, apesar de tudo o que a vida fez para nos desunir. E porque, como hoje em dia, até quem amou de verdade esquece e encontra outra pessoa, e eu não, eu acredito que encontrei a pessoa para mim e que ela, és tu. Vou deixar-te viver a tua vida, tomares as tuas decisões e escolheres o teu caminho. Até ao dia em que te cases ou até ao dia em que descubras que afinal a tua casa é o meu coração. 

Até amanhã,
meu amor.   


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