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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Diálogo sobre a vida, num dia de chuva

EU – São estes dias de chuva que me fazem pensar. Pensar na vida.
TU – É… sabes que é engraçado que a nossa vontade pouco adianta, de pouco vale para aquilo que o destino quer para nós.
EU – É verdade. A vida é uma incógnita e ao mesmo tempo consegue ser irónica. Ela dá tantas voltas que muitas vezes tu nem podes acreditar onde vieste parar. Depois olhamos para trás, para o passado, imaginamos todo o futuro que planeamos, e hoje que estamos a viver esse futuro ele não tem nada a ver com aquilo que nós sonhamos para ele. E muitas vezes, a culpa nem é nossa. Não foi a nossa vontade, que se calhar, nos trouxe aqui… Foi o destino!
TU – É disso que eu tenho medo sabes? As pessoas dizem que nós devemos lutar, que as nossas vontades contam, mas será que é assim? Será que a nossa vontade consegue ser maior que o destino? Será que as nossas escolhas conseguem ser maiores que o propósito da nossa vida? Quantas e quantas vezes tu não olhas para o lado e pensas: “mas eu não quis isto! Eu queria diferente! Porque é que eu estou aqui?”.
EU – É. Eu também tenho medo. Às vezes a vida consegue ser maior que nós… mais forte que nós. Nós sonhamos, imaginamos, e acaba sempre tudo por ser tão diferente.
TU – Qual será o propósito destas coisas?
EU – Sabes, o que é que eu aprendi com a vida? Que por mais perguntas que nós tenhamos, por muitas coisas que nós queiramos descobrir… descobrir o porquê, nós nunca vamos saber. Talvez um dia, um dia, daqui a uns anos, tu olhes para trás e percebas e digas: “eu estive ali, eu passei por aquilo, que é uma coisa que eu nunca tinha imaginado antes passar, para chegar onde estou”. Mas se calhar hoje, também já estás a imaginar um futuro que vai ser tão diferente como tem sido até agora.
TU – As coisas que às vezes damos por garantidas, são as que menos o são.
EU – Não há nada seguro na vida. Tu lutas, tentas conquistar, e a maior parte das vezes, ou não consegues ou consegues mas tens por pouco tempo.
TU – Não há aquela frase que diz que a pessoa grita para o mundo: “eu estou feliz” e depois a vida responde: “LOL, dá-me só uns segundos!”. A felicidade não é eterna. Não é certa. Nem o amor. Nem a amizade. Nem a confiança. Nem o respeito. Nada… nada é eterno.
EU – Eu acredito que o amor, assim, de uma maneira talvez fantasiosa, ilusória que seja eterno. Eu acho que há pessoas que nasceram para se encontrar.
TU – Com tantos desencontros que a vida te oferece, tu nunca sabes o que é certo, o que é que é para se encontrar!
EU – Ah, mas eu acredito que o mundo é pequeno demais para duas pessoas que nasceram para se encontrar! A vida com as suas voltas, vai sempre dar um jeito de juntar quem nasceu para se encontrar!
TU – Se a vida quer as pessoas juntas, para que é que as separa?
EU – Não sei… Talvez porque elas tenham que aprender alguma coisa antes de finalmente saber onde é o lugar delas. Talvez as pessoas precisem errar, precisem conhecer lugares errados, precisem conhecer pessoas erradas, para perceberem que o lugar delas não é ali.
TU – Mas se as pessoas nasceram para se encontrar, e depois se afastaram… as pessoas já deviam saber que aquela é a pessoa certa!
EU – Não… nem sempre. Às vezes as pessoas querem sempre mais, acham sempre que aquela pessoa não é bem aquilo que foi feito para elas… Porque ao mesmo tempo há pessoas que sabem, olham para uma pessoa e dizem: “Ok, esta pessoa foi feita para mim!”. Mas depois há outras pessoas que não conseguem ver isso de primeira, sabes? É estranho, mas é assim.
TU – A vida é tão complicada!
EU – Não sei se é complicada, ou se nós, de tanto pensarmos nela que a tornamos complicada. Às vezes há coisas que vale mais a pena não pensar sabes? Por muito duro que seja, por mais difícil que seja, é melhor nem pensar nas coisas, porque quanto mais tu pensas e menos respostas tu tens para o que pensas, tu mais te confundes, mais te baralhas, mais sofres…
TU – Às vezes eu gostava de ser vidente! Saber o que me vai acontecer daqui a uns tempos. Onde é que eu vou andar!
EU – Tu vais andar onde tiveres que andar! Cada pessoa tem a sua história, o seu caminho, e tem o seu tempo. Cabe às outras pessoas respeitar isso.
TU – É. Por falar em respeito, há muitas pessoas que não respeitam nada nem ninguém. Mas deveriam respeitar mais a vida.  Há pessoas que acabam por não a respeitar, querem viver tudo tão intensamente, tão… tão agora, que acabam por deitar tudo a perder. TUDO.
EU – Engraçado!
TU – O quê?
EU – Enquanto vejo esta chuva cair, enquanto estou aqui a refletir sobre a vida… o tempo passa… Eu já não sou a pessoa que eu era há uns anos atrás. Eu mudei.
TU – Toda a gente muda.
EU – Sim. Mas eu mudei, e sei que foi para pior. Tornei-me numa pessoa muito insegura. Desconfio de quem devia confiar, e confio em que não devia confiar. É como se eu andasse ao contrário, percebes?
TU – E porque continuas agarrado à mesma pessoa de sempre!
EU – Sabes que às vezes, eu páro, olho p’ró nada e há cenas que eu passei, com essa pessoa, que aparecem à minha frente, sabes? Momentos, palavras, frases, gestos, olhares… momentos que eu passei. É como se… se tivesse a passar um filme à minha frente, sabes? Mas é o filme das cenas que eu protagonizei. Em que eu fui feliz. Em que eu chorei. Sabes que eu fui à escola, aqui à uns dias, eu passei pelos sitíos onde eu fui feliz… os sítios que marcaram a minha história, sabes?... A minha vida. Eu não me lembrei das coisas más. Elas existiram, mas eu só me lembrei das coisas boas.
TU – O amor é assim. Às vezes lembra-nos das coisas boas, outras das coisas más… As memórias não são certas. Um dia pensas numa coisa, no outro já pensas noutra. Um dia estás a lembrar as coisas boas, no outro as más…

EU – Tudo na vida é uma incógnita. O amor. O destino. O futuro. Os caminhos. Tudo. E nem vale a pena tentar desmistificar, se só vivendo dia após dia, se descobrirá, o que houver para descobrir…




Maktub

Meu amor, o amor tem o dom de nos surpreender e tu és inesquecível! Sabes porquê? É nesse preciso momento que eu estou a pensar em ti. Aonde quer que te encontres. Eu estarei a olhar por ti. Tenho saudades do teu sorriso cintilante. Apesar da distância, vejo-te em tudo o que me rodeia, o teu olhar continua a brilhar no meu pensamento! Sem estares comigo, tu estás presente! No meu coração existe um lugar especial para nós os dois.
Nada. Nada conseguirá destruir o fio invisível que nos prende. Nada é mais forte e querido que um verdadeiro amor. Quando fecho os olhos, e vejo o passado, sinto que a luz esteve sempre ao meu alcance… tu sempre estiveste lá por mim. O teu abraço é sagrado! Eu preciso de ti…

E não há montanha tão alta, não há um oceano profundo demais, não há deserto tão solitário, tempestades podem surgir, as estrelas podem colidir, as estações podem mudar, aconteça o que acontecer, haja o que houver, ouve com a alma porque o meu coração chamará sempre por ti. 

Dedicatória: Àqueles que ainda acreditam num grande amor; mesmo aqueles que não acreditam no destino, em algum momento da vida sentem que alguém os esperava algures, para mostrar que num momento cósmico tudo parece fazer sentido e nada mais importa do que contemplar a experiência transcendente do amor.



quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Partilhando memórias

Hoje, vendo alguns dos textos que tenho perdidos pelo meu computador, encontrei um texto, que te escrevi faz hoje exatamente um ano. Esse texto, ainda hoje faz o mesmo sentido, ainda hoje transcreve as mesmas emoções e os mesmos sentimentos. Nada que admire! Afinal são cinco anos disto!

Passo a transcrever: 

"Eu nunca me senti assim. Eu sinto a tua falta. Eu não queria, mas todos os dias, eu me lembro de ti. É como se só me sentisse bem, a pensar em ti. Porque quando penso em ti, eu sinto-me mais perto. Estou tão cansado. Eu não quero sentir falta, eu não quero sentir saudade, mas, eu não consigo evitar. Sabes, quando eu me deito, no final de cada dia, eu sinto um buraco tão fundo dentro do meu coração, um vazio tão grande quando eu dou por mim, a pensar: mais um dia se passou sem ti. Sabes, eu estou farto de sofrer. Estou tão cansado de todos estes sentimentos, de todas estas angustias, de ter todos estes medos. O que me deixa pior, é o facto de eu, achar que falta aqui alguma coisa, sabes? É como se fosse um puzzle, e faltasse a peça essencial para esclarecer todas as tuas duvidas, para tirar todos os teus tormentos. Dói tanto, passar pelos dias, e saber que não te lembraste de mim. Porquê? Porque se tu sentisses a minha falta, tu procuravas-me, vinhas ter comigo, e não é isso que acontece. Eu sinto-me sozinho, sabes? Todos os dias a mesma vida, todos os dias a mesma coisa, eu acordo a pensar em ti, deito-me a pensar em ti, durante o dia só me sinto bem se arranjar uma forma, uma maneira de pensar em ti. Porque é que isto me acontece? Porquê? Eu não consigo perceber. Eu nunca te fiz mal nenhum, para merecer este castigo, este sofrimento, esta angustia… eu gosto tanto de ti! A única verdade, a única coisa que eu não tenho duvidas, apesar de tudo – tudo! – é que eu gosto de ti.
De que adianta gostares de uma pessoa, que vive sem ti, que não te procura, que não sente a tua falta, que a única coisa que soube oferecer foi ingratidão? Do que adianta gostares de uma pessoa, amá-la com todo o teu coração, com toda a tua verdade, com todo o teu sentimento, se essa pessoa não dá valor, não quer saber?
Sabes, eu acho engraçado as pessoas falarem: “eu quero encontrar alguém que goste de mim, que me ame, que me faça feliz”, e às vezes, essa pessoa está mesmo ao nosso lado, e nós não vemos, ou não queremos ver, e, continuamos à procura da pessoa, e nem pensamos que essa pessoa já esteve ao nosso lado. Porque é isso que acontece muitas vezes…
Sabes, há dias em que eu ouço uma voz, que me diz que vai ficar tudo bem, que tu vais voltar para mim, que vamos ficar juntos, e há outros dias em que, as dúvidas elas sobressaltam-me, em que eu já não tenho certeza de nada, em que eu vejo o tempo passar, e isto assusta-me. O tempo passa,  a minha vida não muda, e isto assusta-me. Dá-me medo. Porque eu tenho medo de passar o resto da minha vida, como eu tenho passado os últimos anos. Eu não quero isso para mim. Só que eu também não posso ir contra aquilo que sinto, porque se há coisa que tu nunca vais vencer, são os teus sentimentos. Tu não esqueces uma pessoa porque queres, a tua vontade pode contar, mas são as circunstancias da vida, o facto de entrar ou não outra pessoa, o facto de aquela vozinha que te segue, que te prende, ela dizer “não”, afinal não… e tu segues… mas nunca, nunca esqueces!
Tenho a cabeça sobressaltada de dúvidas, o coração pesado de sentimentos. É como se eu tivesse a gritar para todo o mundo ouvir e ninguém se interessasse. É como se eu quisesse, seguir um caminho, encontrar uma direcção, e o GPS da minha vida, estivesse todo trocado. E cada vez que eu entro num novo caminho, eu vou bater sempre ao mesmo destino. Sabes, isto dói… Isto dói porque, quando nós amamos uma pessoa, e essa pessoa se vai embora, nos deixa, é como se o mundo não interessasse, como se o mundo não fizesse sentido, é como se tu tivesses perdido tudo aquilo que tu és, tudo aquilo em que acreditas, tudo aquilo que sonhaste, tudo aquilo que imaginaste para a tua vida. Tu perdes tudo. Tu não perdes só a pessoa que gostas, tu perdes tudo aquilo que tu eras. Percebes? É injusto mas é verdade. Tu perdes a tua vida, tu tens que começar um novo eu. E como é que tu começas uma nova pessoa, quando sentes que falta, alguma peça do puzzle, para tu veres era isto que faltava, e agora sim eu posso seguir em frente. Porque uma pessoa não pode seguir em frente, estando rodeada de duvidas, de incertezas, de inseguranças, de medos. Porque todos estes sentimentos aprisionam-te. Impedem-te de caminhar… de continuar. E deixa-me revoltado, as pessoas são cínicas, falsas e mesquinhas ao ponto de só olharem para o umbigo delas, não querer nem saber de uma pessoa que quer gritar o mais que pode aquilo que está a passar, do que está a sofrer, as pessoas não querem saber… não se importam.
Eu sou forte, eu aguento tudo, mas há um dia em que tu sentes falta de mimo, sabes de alguém que te abrace, alguém que diga que te ama, mas aquele amo-te que tu queres ouvir, sabes, aquele amo-te que vai mudar o teu mundo, o teu dia… que vai trocar as tuas lágrimas por um sorriso mais que verdadeiro, mais que puro, mais que genuíno… E isso só uma pessoa o pode fazer. Por muito amigos que tu tenhas, que te rodeiem, que te dêem amizade, e te façam feliz, que te façam querer ver sorrir… tu estás sempre à espera que seja aquela pessoa, porque só o olá daquela pessoa vai transformar o teu mundo, já vai transformar o teu dia…
Se calhar sou eu que estou errado. Sou eu que amo de maneira errada, mas… mas amo. Mas sinto… bolas! E é isso que me interessa. Só que este amor, este amor alimenta-se de coisas erradas. De recordações. Recordações que eu nem sei se alguma vez foram verdade, porque eu agora olho para trás e parece que tudo o que eu vivi foi mentira. Tudo o que eu ouvi, tudo o que eu planeei, tudo o que eu sonhei para o meu futuro contigo, foi tudo mentira.
Sabes… às vezes dói olhar para trás e não ver nada. Sabes… é como se aquele tempo da tua vida, tivesse sido em vão… é como se não restasse nada. Daquilo que tu tanto acreditaste, daquilo que tu tanto viveste, sabes… que tu viveste intensamente, como se não houvesse amanhã, aquele sentimento que te faz alcançar o mundo, que te faz alcançar os sonhos…
Quando tu perdes a pessoa de quem tu gostas, tu também perdes a força. Aquele sentimento de: eu consigo, eu posso, eu vou ultrapassar tudo…
É tanta emoção, é tanta coisa junta, que não dá para suportar tudo. Por muito que tu queiras vencer… não dá. E por muito que tu ouças aquela voz que te diz, que vocês vão ficar juntos, que tudo vai acabar bem, tu fraquejas, porque é muito tempo à espera, porque são muitos dias, muitas horas, muitos minutos de solidão. E há aquele tempo em que tu fraquejas e deixas de acreditar. Olhas para ti, e pensas: “foste feito para ser infeliz, foste feito para as pessoas gozarem contigo, e brincarem com os teus sentimentos…”.
Porque uma pessoa que diz que te ama, que faria tudo por ti, que iria até ao fim do mundo por ti, que daria a vida por ti, que te diz que és a sua vida, e de um momento para o outro deixa de te falar, afasta-se, diz que não quer mais, isso é brincar com os teus sentimentos, porque te está a dar a ideia errada de uma coisa que não existe.
Eu quero tanto libertar-me disto. Só que eu não consigo olhar para o meu futuro e ver seja o que for. Eu olho para o meu futuro e não sei que vai ser feito da minha vida porque agora eu não consigo sonhar… Eu não tenho sonhos, eu não tenho nada. Eu sinto-me vazio. Sinto-me oco por dentro. É como se a única coisa que eu sentisse fosse a dor deste amor. É a dor da ausência. A dor da saudade. É o amor que sinto. Que quer ser vivenciado, que quer ser entregue, e não pode, tem que viver numa renúncia constante, porque é isto que eu sinto.
Já não me sinto bem a ouvir música, já não me sinto bem a ver televisão, já não me sinto bem a olhar para o horizonte, já não me sinto bem a caminhar, porque o meu pensamento está sempre em ti. Eu acordo e já estou a pensar. Porque é que tu pensas tanto numa pessoa que não gosta, não pode gostar de ti? Não há maneira. Tu até podes ouvir dizer “eu gosto de ti e eu vou ficar”, mas as acções provam o contrário, e tu ficas num abismo de dúvidas. É como se tu caísses num abismo, e as dúvidas começassem todas a subterrarem-te sabes? Sentes-te a sufocar… porque não há ali nada que faça sentido. Tu vives numa luta constante contigo. Porque não consegues encontrar a verdade. Ou porque se calhar já a encontraste e não a quiseste aceitar.
O amor exige muita coisa. E se calhar eu não estava preparado para isto. Eu que sempre vivi tão bem sozinho – apesar da carência – hoje eu não me imagino a segurar este peso todo. Será que algum dia eu vou ser capaz de encontrar o meu caminho? Algum dia eu vou acordar, respirar, fechar os olhos e não ver a tua imagem? Não sentir a brisa do vento e pensar que é um beijo. Não ir a um sitio bonito e pensar “como seria bom que estivesses aqui".

Ainda hoje TUDO continua tão bagunçado dentro de mim...


Era amor...

Eu admito que era amor. Se não fosse amor, o que seria afinal? Todas aquelas sensações e o medo de perder o outro, misturados com ciumes e decepções. Se não fosse amor, não deixaria essa enorme saudade, essa dor no peito, essa vontade de viver de novo, de fazer planos, esse enorme buraco que ficou no coração.

Devia ser amor, se fosse paixão acho que seria mais avassalador, como um enorme desejo, mas não era assim, era muito mais, era leve e calmo como a brisa de verão, tinha aquele sentimento de união, de compartilhar um com o outro, como se fossemos melhores amigos, existia aquele desejo de ver o outro feliz. Não era apenas uma dessas paixõezinhas que a única coisa que te dá vontade é abraçar e beijar a outra a cada minuto do teu dia, não era mesmo, sei que existia muito mais. Não sei como isso se perdeu de nós, era um sentimento tão bonito!
As pessoas dizem por ai que se for amor nunca acaba, se for paixão logo passa. Pura ilusão, tudo acaba um dia, mesmo que seja aos poucos. Eu sinto que está a passar, mas não sinto que vai acabar, é como se apenas a parte ruim fosse embora, levasse junto com ela  toda mágoa e ódio que senti durante um certo tempo, mas sinto que ainda resta em mim uma parte boa de nós os dois, aquela que me faz sorrir todas as vezes que me lembro de alguma coisa que passamos juntos. Só por que não durou muito tempo não significa que não foi amor, foi amor da nossa própria maneira, todo mundo tem direito a ter sua própria forma de amor.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Isto é a vida e as suas voltas em acção...

Hoje vim aqui contar-te uma história de amor real. Verídica. Este blogue não serve só para te dizer que te amo, e o quanto vivo este sentimento e este amor. Este blogue serve para tu poderes acompanhar – mesmo sem o saberes – a minha vida, tudo que vou vivendo, conhecendo, e sabendo.

Vamos então passar à história.

Tenho um primo, que na sua juventude namorou durante vários anos com uma moça aqui da aldeia. Ela sempre foi louca por ele. Quem se lembra diz que eles até faziam um bom par. Mas, a vida e as suas circunstâncias, separaram-nos. Cada um refez a sua vida. O meu primo teve filhos e a moça casou-se. Cada um construiu a sua vida. O meu primo foi passando de amor em amor. Tendo dois filhos de duas mulheres diferentes. A moça não teve filhos, mas teve um casamento, uma casa que todos apelidaram de “casarão”. Mas a vida, e as suas voltas, juntaram-nos de novo. Recomeçaram aquilo que ficou inacabado no passado. Ela divorciou-se do marido e ele assentou ao lado daquela que um dia foi a mulher da sua vida. Passaram-se praticamente 20 anos, e hoje estão juntos. A reconstruir a sua história. Tijolinho por tijolinho, vão construindo aquilo que ruiu há uns anos atrás. Hoje ela diz, que ele sempre foi o grande amor da sua vida. Agora é torcer para que eles sejam felizes “para sempre” e aproveitem esta nova oportunidade de viver aquilo que foi interrompido no passado e na juventude…


Vês? Quando o destino está escrito para que duas pessoas se encontrem e fiquem juntas, elas acabam sempre por se reencontrar. Passem anos, meses, dias… esta história serve para que toda a gente saiba, que nada na vida é definitivo. Quando julgamos que tudo está terminado, vêm as cinzas reacender a chama do que ficou para trás. Isto é a vida e as suas voltas em acção… 


domingo, 22 de setembro de 2013

A Vida é assim... Apenas um conselho!

Às vezes a vida dá-nos prendas, e nós só percebemos o valor dessas prendas quando as perdemos. Achamos sempre que essas prendas, são um tanto faz nas nossas vidas, mas aí o mundo dá aquela volta que só ele sabe dar, e nós percebemos, que o "tanto faz" - a prenda que a vida nos deu - era o tesouro mais precioso que algum dia poderíamos possuir, dentro da nossa história. Será que eu fui o teu tesouro? Será que eu fui essa prenda na tua vida? 
Sabias que às vezes é possível, nós gostarmos de uma pessoa e não sabermos que gostamos? Sabes que às vezes aquilo que procuramos a vida inteira está mesmo ao nosso lado, e só nós é que não o vemos? Às vezes é preciso abrir os olhos, olhar à nossa volta, porque o que é mais importante na vida não é de quem nós gostamos, é quem gosta de nós. Porque são essas pessoas que gostam de nós que nos vão fazer felizes. Que vão fazer tudo para nos ver bem. 
As pessoas de quem nós gostamos podem gostar de nós ou não. E muitas vezes aquelas pessoas de quem nós gostamos, são aquelas que nos vão levar para o abismo, para o fundo, que nos vão fazer sofrer, que nos vão fazer mal, por isso aproveita aquela pessoa que está sempre disponível para ti... Que faz tudo por ti. Que te quer e que te mostra todos os dias, o que é capaz de fazer por te amar... por gostar de ti! 
Porque, essa sim, é a pessoa certa! 
E, às vezes, ela está mesmo ao teu lado. A ouvir as tuas queixas, a ouvir as tuas reclamações, a ouvir-te declarares-te a outra pessoa, e mesmo assim, essa pessoa ainda te dá apoio... ainda te ajuda! Essa sim, é a pessoa certa. 
E se a encontraste, não a deixes partir. Não a percas. Antes que um dia acordes e percebas que é tarde demais. Porque há oportunidades que a vida nos dá, e que se nós não agarramos a tempo, elas acabam por se evaporar como a névoa do tempo. As oportunidades, tal como tudo na vida, não duram para sempre. Aproveita, e agarra a oportunidade que tens agora nas mãos, porque um dia - depois de o mundo dar a sua volta - talvez percebas que aquilo que sempre quiseste, esteve sempre ali, durante tanto tempo e tu não quiseste ou preferiste não ligar a isso... As prendas estragam-se com o tempo, e as oportunidades, essas, muitas vezes já não voltam... 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Para Sempre

Desculpa, mas a única maneira que eu tenho de te dizer o que sinto é através deste blogue. Eu nunca te disse o que verdadeiramente sentia, não em palavras. Em gestos e ações tudo o fiz para que indiretamente o intendesses, e isso, provavelmente quebrou muitos momentos que poderíamos – ou não! – ter passado juntos. O que eu te estou a tentar dizer é que te amo do fundo do coração. Se houvesse uma palavra mais forte do que amar, essa palavra seria a indicada para descrever o que eu sinto por ti. Percebes?
Todos ao meu redor, e principalmente, aqueles que sabem de ti e da nossa história me dizem que eu deveria parar de sofrer e esquecer-te, mas ao que os outros chamam de sofrimento, eu chamo de amor. É este amor que me faz acordar todos os dias, e continuar a minha procura. Nunca desistir. Eu sei que apesar de tudo, eu ainda tenho um pedacinho de felicidade guardado para mim, à minha espera, porque quando o amor é intenso e verdadeiro, ele deixa-nos marcas, e às vezes fica agarrado a nós como se fosse uma droga e nós não nos podemos libertar do amor. Podemos é fingir que não o sentimos. Como também podemos alimentá-lo e ele vive, ou então também o podemos matar. E isso, para a nossa história – ou para o que sinto por ti – não me parece ser justo. Não depois de tudo o que vivi e passei. Mas afinal o que é que é justo? É eu querer viver as coisas que sinto e não poder? Será isso a justiça? A maior prova que a vida nos coloca, é saber aceitar aquilo que ela nos dá. E o amor, não se pede, nem se compra… simplesmente acontece. E o meu por ti aconteceu.

Eu tive a sorte, de encontrar sem procurar, aquilo que muitos procuram e não encontram: a sua alma gémea! E eu sei que vai haver alturas na vida em que as pessoas de quem eu gosto, vão seguir caminhos diferentes dos meus. E depois o que fica, são os bons momentos que passamos juntos. E deve ser por isso que te relembro todos os dias da minha vida…  






quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Uma história, uma vida, um amor e um blog!

Quantas e quantas vezes, venho ao encontro deste blog reler todas as palavras que para ti escrevi e vou continuando a escrever. São inúmeras as vezes que dou por mim a reviver cada momento escrito, não tem dia marcado, nem hora, apenas quando sinto necessidade. Sinto este blog, como um local onde me encontro a sós com a paz e a tua presença, mesmo que ainda te encontres distante de mim. Vir aqui, é como te encontrar, mesmo sem saber se tu também fazes o mesmo.

São quase dois anos que faço dele o meu segredo. É nele que confesso que ainda te amo, mesmo que negue para toda a gente, é com ele que falo da minha saudade, desta vontade louca de voltar a encontrar-te. Poderei dizer que é um vício escrever para ti, um vício bom porque faz-me sentir consideravelmente melhor, nada fica aqui dentro porque no fundo sei que algo te pode trazer aqui e possas saber que em mim todos os sentimentos se encontram adormecidos, encontram-se como brasas à espera do vento para atiçar a fogueira, é por isso que continuo a escrever e depositar neste meu fiel companheiro tudo o que tenho para te dizer.

Dir-te-ei que neste momento a minha vida vai sofrendo uma transformação nunca antes esperada. Dou por mim a fazer coisas sem imaginar que pudesse vir a fazer. Tudo mudou, com excepção de uma coisa, continuo a pensar em ti, no que estás a fazer, no que sentes e se ainda pensas em mim. Lembro dos nossos momentos que por vezes com a saudade me levam a não conter as lágrimas. Se tiver que falar de ti, falo com todo o carinho e desculpo pelos erros que cometes-te, por saber que eu também os cometi. Agora não interessa, o que interessa é aquilo que sinto e nem mesmo com o dom da palavra como tantas vezes me apelidam ter, consiga exprimir todo esse sentimento. Com esta transformação, muita coisa desejo realizar, experienciar e mais uma vez vou de encontro a ti, por querer que tudo na minha vida seja realizado ao teu lado. São inúmeros os sonhos, aqueles sonhos que todas as noites vou sonhando contigo. Quando acordo é em ti que penso, depois agradeço a oportunidade de poder viver mais um dia e poder amar-te mesmo que distante. Não penso que vai ser mais um dia sem ti, penso antes que falta menos um dia para te encontrar de novo e acabar com toda esta saudade.

Um dia irei casar-me, ter outra vida, viver noutro lugar, mas tu estarás sempre comigo em todo o lado. No dia do meu casamento, até ao último momento esperarei que chegues e me digas que me amas e eu corra para ti nesse momento como tantas vezes se vê nos filmes, mas a minha vida não é um filme, é a realidade e a realidade é eu te amar. Na velhice, contarei para os jovens uma história de amor e essa história será a nossa, no fim vou inventar-lhe um fim que eu desejava ter contigo, aquele que termina sempre com as mesmas palavras: …e foram felizes para sempre!


Sempre que ouço uma das nossas músicas, nada mais acontece à minha volta, é como se ainda te ouvisse a cantá-la aos meus ouvidos e terminasses simplesmente a dizer…gosto muito de ti meu amor…ainda sinto tudo isso e ao contrário que possam dizer, faz-me bem reviver esses momentos, porque é bom quando amamos verdadeiramente. Continuo a escrever-te não por querer sofrer, mas por querer continuar a amar-te e sentir bem no fundo que és a pessoa que eu escolhi para amar, eis a verdadeira razão da existência deste meu e teu blog, eis o meu segredo, aquele que só tu sabes qual é…



Lembro-me de ti...




Meu Amor, onde estás? E porque razão, interrogo-me sozinho. Porque razão nos mantemos afastados? Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce a compreender. Fazes-me falta.

Eu sonho com o teu rosto, sinto saudades do teu corpo e em seguida imagino-te fazendo parte do meu cenário. Eu teria tanta coisa para dizer-te, se eu soubesse como. Como fazer para que leias os meus pensamentos? Assim saberias o quanto és especial para mim e saberias como eu me sinto sem ti. Quando sonho, é contigo. Quando acordo é em ti que penso, és tu que eu abraço quando estou junto ao mar, é por ti que eu sei o verdadeiro significado da palavra amor, é por ti que eu sei amar e mesmo que te encontres distante, eu pergunto, porque tinha de me apaixonar, com tanta gente no Mundo, por alguém que insiste em não chegar. Mas eu obtenho a resposta a esta pergunta, no meio de tanta gente, eu amo-te porque eu conheço-te melhor que o meu próprio coração. Eu daria a minha alma, o meu coração e todo o meu tempo. Mas, por mais que eu entregue tudo, tudo não tem sido suficiente.

 Sabes, meu amor, morrer não é triste e não penses que só porque não estás comigo seja essa a minha vontade. Não. Quero somente dizer, que triste é sentir que fui esquecido por ti, não sou compreendido e sentir esta ausência que insistes em dar. É isto que me dói, morrer comparado a isto não é nada. Tenho no dedo a marca do compromisso assumido, aos olhos do mundo um homem comprometido. Mas aos olhos do meu Eu é pura ilusão, é um amargo sofrimento que só magoa o coração.


Onde estarás? Não sei!... Suaves lembranças agradáveis, voltam ao meu pensamento. Lembrei as músicas...sim, era a nossa, que um dia ouvimos, quanto tempo já passou. A cada dia surge novas esperanças e tu na minha alma ficaste, como afectuosa saudade e suave lembrança deste nosso desencontro. Aprendi que viver o presente era a escolha mais certa que poderia fazer, mas até no meu presente continuas a estar em mim…porque continuo a amar-te tanto assim.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Todos os dias me lembro que nunca te esqueci


A vida prega-nos rasteiras. Olha para mim. Estava quase convencido que te tinha esquecido, e afinal não. Na verdade eu sabia que não te tinha esquecido. Todos os dias eu penso em ti. Eu imagino-me ao teu lado, imagino voltar a ver os teus olhos, voltar a ver o teu sorriso, voltar a ouvir a tua voz… acho que o que tem acontecido, é que eu estou cada vez mais conformado com a tua ausência. Não que ela não me doa. Não que ela não me custe. Mas estou conformado… habituado.
Eu já não choro por ti. Mas sinto-me cada vez mais revoltado, por não te conseguir esquecer. Porque é ridículo, nós amarmos alguém, pensarmos em alguém, que não nos ama e que não pensa em nós em segundo algum da sua vida. E é isso que me revolta. É eu estar sempre contigo no meu pensamento, e saber que eu nunca estou no teu. É o meu coração ainda gritar e chamar pelo teu nome, e o teu estar surdo em relação ao meu.
Eu não sei se algum dia tu irás perceber, o que eu te estou a tentar dizer, mas… mas é assim que eu me sinto.
A vida é uma incógnita… cheia de mistérios, cheia de incertezas, cheia de inseguranças… eu achava mesmo que te tinha esquecido, ou que estava prestes a conseguir esquecer-te! Mas nestes últimos tempos, eu tenho pensado tanto em ti! Tenho sentido muitas saudades. E só Deus e eu, sabemos a falta que me fizeste durante estes anos todos. Eu não posso dizer que isto é um capricho meu… este é um amor verdadeiro. Que se veio a arrastar ao longo de cinco anos.
Em cinco anos escreveu-se tanta coisa, nas páginas do diário da minha vida! E em todas elas, em cada página, há algo escrito sobre ti. Uma lembrança. Uma memória. Um momento. Um olhar. Uma mensagem. Há sempre algo, escrito a teu respeito. E eu sei que não mereces nada disto! Eu sei que me iludi, e que tu nunca me amaste! Eu errei. Eu errei muito, no dia em que acreditei com todas as minhas forças, que nós iríamos acabar juntos.
Mas quem é que não se ilude quando ama? Quem é que não deseja ter um final feliz ao lado da pessoa que faz o nosso coração pular… saltar? Quem é que não quer, saber o que é ter uma vida ao lado da pessoa que nos deixa as pernas a tremer, que deixa a nossa voz engasgada? Quem é que não quer um final feliz, ao lado da pessoa que nós desejamos? Não há ninguém que não queira! E eu quis…
Eu posso ter-me iludido muito. E há conta dessas ilusões, eu magoei-me muito, muito, muito… eu cheguei ao fundo do poço… A minha vida não é feliz. Eu não sou feliz! Mas eu sinto-me contente, porque eu tenho um conhecimento do amor e dos sentimentos, que faz com que muitas pessoas venham falar comigo, me peçam ajuda, e o mais engraçado: é que eu tenho conseguido ajudar pessoas com os meus conselhos. Pessoas a iniciarem novas relações, pessoas a recomeçarem uma nova vida, e eu fico contente por isso, por saber que apesar de eu ser muito romântico – e se calhar de hoje considerar isso mau –, sei que ajudo pessoas. E sei que há muitas pessoas, muitos amigos meus, que hoje estão felizes depois de uma conversa comigo, depois de eu lhes ter dado força, conselhos e lhes ter feito seguirem o coração deles!

Eu sigo o meu coração! Não posso enganá-lo! Eu ainda te amo. Ou se calhar estou tão habituado a ti, que ainda acho que te amo… não sei! Só há uma certeza: todos os dias eu me lembro de ti, todos os dias sinto a tua falta, todos os dias me lembro… que nunca te esqueci!  





sábado, 14 de setembro de 2013

E Depois do Adeus - Cap: Faz hoje quatro anos...



Como hoje faz exatamente quatro anos que isto se passou, decidi transcrever para este blogue um capítulo completo do meu livro "E Depois do Adeus", que relata o que aconteceu há exatamente quatro anos atrás... 

"   14 de Setembro 2009, às 7:20h, desperta o meu telemóvel. Nessa noite adormeci no sofá da sala, estava com uma dor de costas descomunal, mas nem mesmo essa dor, me impediu de saltar ao ar e de começar o dia a cantar. Dentro de uns minutos ia ver-te, estar contigo, ouvir a tua voz, sentir-te perto, depois de quase três meses separados. Mandas-me uma mensagem logo quando acordaste, o que era o habitual: “Bom dia paixão. Está tudo? Amo-te muito. É hoje!”. Sim, era naquele dia, que nos iríamos reencontrar!
  Ainda hoje me lembro da emoção, do bater do coração, das pernas trémulas e do friozinho na barriga, enquanto me dirigia para a paragem do autocarro, e enquanto, aguardava a tua chegada. Enquanto, o autocarro não chegava, tu ias-me mandando mensagem, a dizer que estavas cada vez mais perto e que faltava pouco para – finalmente – estarmos de novo juntos. Nesses minutos, em que o meu coração se enchia de calor, amor e extrema felicidade, não me lembrei mais dos momentos menos bons que se tiveram passado anteriormente, ao longo de todos os meses. Já tínhamos um ano e quatro meses de “amizade”, e óbvio, que em um ano já tivera acontecido muita coisa. Bons e maus momentos. Mas nos dias como o deste, o coração só pensava no bom, no belo e no quanto era bom estar ao lado de quem se ama.
  Quando, por fim, chegou o autocarro o meu coração quase que saltava pela boca. Batia com tanta intensidade. Batia descontroladamente e estupidamente, por um momento, que hoje aos meus olhos, não tem qualquer impacto. Mas isso, é hoje, que já não estou apaixonado por ti. Naquela hora, a felicidade apoderou-se de mim, e podia morrer ali, que nem me importava. Pelo menos morria felicíssimo.
Quando os meus olhos se encontraram com os teus olhos cor de mel, quando nos cumprimentamos, embalei de novo na nuvem, e o mundo lá fora deixou de me interessar novamente. Quando estava contigo, nunca me interessou. Quando estávamos juntos, o mundo lá fora deixava de existir, é como se, só existíssemos nós os dois, como se as pessoas fossem miragem, como se tudo ao nosso redor desaparecesse, porque apenas tu interessavas, porque só tu existias, porque, eras o meu mundo, sem qualquer dúvida.
E é tão fácil ser o mundo de alguém quando se ama. Quando amamos, quando o amor nos embala, quando a felicidade nos atinge tão fortemente no peito, quando nos deixamos ir na nuvem sem rumo e sem direcção à espera sempre do “tal” final feliz, nestas ocasiões, somos capazes de enfrentar qualquer problema e dilema, sentimo-nos capazes de tudo e mais alguma coisa, os problemas resumem-se apenas a meros obstáculos que serão certamente ultrapassados facilmente, o ar é sereno e puro, os olhos reluzentes e brilhantes, o corpo torna-se mais leve, a vida é simplesmente fácil de viver, isto tudo, porque o amor que tem tanto de doce como de amargo, nos dá a capacidade de criar por meros momentos, o nosso mundo perfeito. E sim, quando se ama, o mundo torna-se sempre – ou quase sempre! – perfeito. Mas só até se ser correspondido!
  Quando chegamos à vila, fomos dar uma volta, falar de coisas triviais sobre as férias, e sobre as tuas “conquistas” amorosas. Recordo-me que neste dia te dei, o DVD dos “Transformers” que tu tanto querias e dois maços de tabaco. Dava-te sempre alguma coisa, mesmo já te dando tudo o que uma pessoa podia dar a outra: o seu amor. Foi neste dia, nas piscinas, que tiramos a nossa primeira fotografia juntos. As coisas entre nós sempre foram por etapas, e por pequenos passos, sempre calculados e ponderados, para não tropeçarmos nas fundações da pequena casa que íamos construindo dentro dos nossos corações. Tiramos duas fotografias. E depois fomos almoçar à pizzaria da vila. Depois de nos sentarmos, pedimos a uma bebida. Tu, a habitual Coca-Cola, e eu o (quase sempre!) habitual Ice Tea de Manga. Decidimos comer a pizza Capricciosa, só que vê lá como eu estava nas nuvens, que naquele momento pedi apenas uma pizza! E eram duas! Uma para mim, outra para ti.
- Só uma? – disseste tu!
  -Não. Duas! – respondi eu.
  -Não. Tu pediste uma! – informaste.
Fiquei mesmo atrapalhado naquele momento, estava tão, mas tão feliz que nem ligava ao resto. Andava mesmo com a cabeça no ar! Remendei o erro, e pedi: “Mais uma, se faz favor!”.
 Durante o repasto, rimos muito, falamos muito, falamos essencialmente do futuro. Supostamente iriamos estar juntos todos os dias - “nem que seja só por 5 minutos” –, dizias tu com aquele sorriso e voz que se assemelhava àquelas melodias que nos levam para longe, que por tantas vezes me encantou. Dizias ainda, que “tu és aquilo que me interessa. Vamos ficar juntos para sempre, sem mais problemas e sem mais stresses e eu, vou portar-me bem… e vou mesmo mudar!”. Acreditei e foi por ter acreditado nestas e outras coisas que acabei por quebrar a cara, uns meses à frente. Mas naquele momento, ao ouvir aquelas palavras ditas pela tua boca, sei lá a sensação foi tão indescritível, só sei que elas me entraram dentro do coração, e alimentaram-me os dias, e deram-me forças para ultrapassar os momentos menos bons.
Contigo ao meu lado, era tudo tão mais simples, tão mais fácil, tão melhor, o vazio era tão mais preenchido nas horas mortas, todos os dias eram mais belos, mais felizes, e consequente a isso, mais rápidos também! Mas é mesmo assim o amor: dá-nos a capacidade de sobrevoar sob as coisas menos boas da vida.
O meu melhor eras tu, e naquela altura, não existia sequer o meu pior. Mais à frente, o meu pior, passas-te a ser tu, e este amor que um dia senti pela tua pessoa. Um amor todo errado, nada sensato e com um final que quase virou tragédia. Tantas avarias sentimentais, tantos vendavais, tantas lágrimas, tantos nadas, e nenhuns todos, o nosso final foi o pior momento da minha vida até hoje. Mas o que mais doeu, não foi o final em si, porque nós acabamos e começamos inúmeras vezes, mas o facto de não saber de “desta vez” era de vez, ou se, um dia mais tarde te lembravas e voltarias ao cais que um dia abandonaste, porque decidiste mudar de vida, de sonhos, de sentimentos e quem sabe, de caminhos. Já lá iremos.
  Quando acabamos o almoço, fomos para a paragem dos autocarros, encontraste um amigo teu que iria ser da tua turma nesse ano. Antes mesmo de saber, a tua turma, eu já era contra ela pelo facto de ires estudar para um curso daquele género, sabia que a tua entrada naquele curso ia mudar e muito a tua postura e consequente a isso, a nossa história ia pelos ares.
  Não sou bruxo, mas previa com antecedência todos os acontecimentos da nossa história. Ou talvez, não fosse previsão, fosse o meu subconsciente a dizer: “A verdade é outra. Não é essa, em que queres tanto acreditar! Muda de caminho. Salta fora. Olha os sinais. Presta atenção, aos pequenos detalhes, e ao que se deixa cair nas entrelinhas de todas as frases e de todas as conversas.”
   Mas queria lá eu saber do meu subconsciente, naqueles momentos! Queria era amar, ser amado. Numa palavra ser feliz. E, eu fui feliz, e muito, ao teu lado.
  Quando entramos no autocarro, ouvimos musica, passei-te para o teu telemóvel o tema da “Luz e do Pedro daquela novela, ai, como se chama? Ah! Já sei “Deixa Que te Leve!”, disseste tu. Ouvimos ainda um tema, que ainda hoje ouço não tantas vezes como dantes, mas ainda chega aos meus ouvidos algumas vezes. “Adivinha o Quanto Gosto de Ti” de André Sardet. Também te passei esta música. Nesta música, gosto essencialmente da parte que diz “vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu por mim, fecha os olhos e adivinha, o quanto eu gosto de ti…”, e sinto uma pena imensa, por nunca teres conseguido calcular o quanto eu gostava de ti, e o quanto o meu coração te desejava. Abriguei-te dentro do meu coração, dei-te o meu amor, ofereci-te a minha vida, vivi por ti, dei-te tudo e mais alguma coisa, sonhei com o final feliz, acreditei nas tuas juras e promessas, imaginei todas as mudanças que me disseste que iam acontecer, e a única recompensa que tive, ainda foi sofrer! Grande história, esta! – ironia! Hoje, ao escrever esta frase, dá-me para troçar de mim mesmo, por ter sido tão ingénuo.
As coisas estavam todas lá, eu é que lhes fechei os olhos, por vontade própria, e mais uma vez, no final de tudo quem se deu mal mais uma vez fui eu. Pagava sempre as favas, mesmo eu não tendo culpa de nada. Sempre lutei por um final diferente, sempre te tentei puxar para mim, discutia contigo para te por na linha, fazia as pazes contigo e perdoava-te porque viver sem ti era como se tivesse o peso de um mundo nas costas. Sem ti não adormecia facilmente, sem ti não me envolvia no quotidiano com tanto empenho, sem ti era metade eu. Porque era tão burro, que acreditava que eras a minha metade, a minha alma-gémea. Oh! Meu Deus! 
E assim prosseguia a música: “… gosto de ti desde aqui até à lua, gosto de ti desde a lua até aqui, gosto de ti, simplesmente porque gosto e é tão bom viver assim…”! A mensagem era clara, tu é que não a percebeste!
  Nessa tarde, irias cortar o cabelo, coisa que afinal não aconteceu. Durante a tarde, falamos muito, sempre a pensar no “futuro feliz” que teríamos. Calculamos mal, foi o poder do destino na vida de cada um de nós. Eu ainda tentei ir contra o destino, mas quando dei por mim, percebi que duas pessoas contra o destino, quase sempre eram derrotadas por ele, então uma pessoa contra: é guerra perdida! Mas ainda assim, fui teimoso, obstinado e possessivo, queria ficar contigo o resto da vida, e demorei imenso tempo a desistir. Só desisti quando um ano depois do “fim”, perdi as forças para conseguir sequer acreditar nisso, e percebi também, que tu nunca me amaras. Nunca eu tivera significado nada na tua vida. Tu tiveras mudado o meu mundo, a minha visão de ver a vida, mudaras-me por completo, viraras a minha vida de pernas para o ar, e cobarde como sempre deixaste-me só, a tentar reconstruir a minha vida dia após dia a compor os destroços que o tsunami do teu “falso amor” me deixou.  Passei por tudo isto sozinho, dentro de casa fechado, como se tivesse cometido um crime. E agora percebo que cometi um crime. E paguei por ele. Apaixonar-me por uma pessoa como tu, foi uma incongruência, uma loucura, um acto de autodestruição. Paguei um preço alto, mas hoje, estou aqui para te contar tim, tim por tim, tim tudo aquilo que o meu coração fez questão de guardar só para ele."

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Nunca me serás indiferente...



Tudo bem, eu admito: não me és indiferente. De vez em quando, ainda trago à memória alguns momentos que passamos. De cada vez que falo contigo, não consigo deixar de imaginar no que nos teríamos tornado se nunca nos tivéssemos afastado, ainda sinto um aperto no coração e um sorriso nos lábios de todas as vezes que vejo fotografias tuas, acho que tens uma beleza superior à de toda a gente. E ainda gosto de receber mensagens tuas, mesmo que não sejam exclusivas. Não, ainda não me és indiferente e estaria a mentir se dissesse o contrário. Seria difícil esquecer tudo aquilo que passamos, diria até mesmo impossível. Acho que isso nunca vai acontecer, porque, de certa forma, marcaste a minha vida e foste muito importante para mim .
Nunca me serás indiferente. Por tudo aquilo que aprendi a ser contigo, e por tudo aquilo que senti por ti. Um sentimento tão forte, tão sublime, tão duradouro, tão intenso, tão inquestionável, tão profundo, tão verdadeiro... tão meu! Nunca me serás indiferente, porque durante cinco anos tu foste a minha vida, a história principal da minha vida, foste os melhores momentos que passei até hoje na minha vida, e os piores também. Foste quem me fez conhecer sentimentos que eu nunca imaginei que existissem sequer. Contigo conheci de modo profundo, o amor, a amizade, a dor, o sofrimento. Tu nunca me serás indiferente, porque sempre haverá aquela música que me fará recordar dos momentos que juntos passamos, e do tempo que passamos juntos. Tu nunca me serás indiferente, porque por mais anos que passem, 10, 20 ou até cinquenta anos, sempre que alguém mencionar o teu nome, eu sei que irei viajar até ti, e recordar-me de tudo aquilo que foi por longos anos "o amor da minha vida". Tu nunca me serás indiferente, por tudo aquilo que eu vivi por ti e que me marcou, porque o amor que nutri - ou nutro - deixou marcas, que ficaram como tatuagens entranhadas na minha pele. Tu entraste na minha história, viveste nela, e aconteça o que acontecer, de alguma maneira continuarás a fazer parte dela. Por muito que um dia deixe de te amar - se é que esse dia já não aconteceu, porque nos últimos tempos já não me dói a tua ausência, e já nem sequer consigo chorar por ti -, tu sempre ficarás dentro do meu coração. O mesmo coração que te abrigou, que te amou, que te quis... será possível, nós encontrarmos o grande amor da nossa vida, mas não nos ser possível vivê-lo?
Tu nunca me serás indiferente, por tudo aquilo que eu senti e vivi, coisas que nem tu nem ninguém podem saber, ou sequer imaginar, porque aquilo que eu vivi só eu conheço, e só eu sei. E todas as dores que senti, e todos os dias em que quis morrer, e todas as lágrimas que percorreram o meu rosto após cada desilusão, e todos os dias que passei sem ti a questionar ao universo se um dia voltarias, a todas as montanhas que subi, a todos os ventos que gritei o teu nome, a todas as promessas que fiz a Deus para que desse um final feliz à nossa história, por todos estes motivos e muitos mais, tu nunca me serás indiferente. Porque há coisas que eu só vivi e senti por ti. Porque tu foste a minha vida, a minha história, o meu mundo, o meu amor. E amor... bem, amor é o sentimento mais profundo que alguém pode sentir por outra pessoa. 

"Há uma voz perdida dentro de mim, e que chora um secreto amor, como o azul do céu que não tem fim, infinito é este amor..." 







segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Na minha pele




Só queria alguém que me abraçasse e dissesse: "eu entendo-te". De há alguns anos para cá a minha vida virou de pernas p'ró ar. Não tenho tido sossego dentro de mim, há sempre alguma coisa que me deita p'ra baixo, que me assusta, que me deixa com medo, que me faz recear sempre o dia de amanhã. Eu sorrio, brinco e mando piadas, mas acreditem, não sinto nada disto. Eu sinto-me morto dentro de mim. Agora, com a possibilidade de ter que emigrar ainda pior. Por muito que as pessoas me queiram ajudar, só gostava que me percebessem. Só gostava que por segundos fossem elas a estar na minha pele. A ter que ser elas a adaptar-se a um novo país, a uma nova língua, a nova maneira de viver e de se estar. Ninguém tem culpa do país estar como está, mas cada vez mais os jovens estão a levar com o peso todo em cima. Eu invejo aqueles que podem ficar cá, ou que tenham um trabalho estável. Mudar de país é deixar tudo p'ra trás. Família mais próxima, amigos, amores, tudo aquilo que foi a nossa vida - e que fez parte dela - até então. É complicado, extremamente duro, esta mudança. Ainda para mais quando uma pessoa se sente revoltada com tudo o que nos aconteceu até agora. Saber que tem que ser, é um choque, é quase como se fossemos empurrados por um vendaval na direcção aposta daquela que nós sonhamos a vida toda. Os nossos estudos, e os nossos esforços de anos, ficam p'ra trás, é como se todo o esforço de nada nos valesse. Foi tempo, e esforço perdido em vão. 
Hoje em dia, as pessoas dão tanta importância ao dinheiro, e é aí que eu também gostava que me percebessem. Dinheiro p'ra mim não têm a importância que os outros dão. Com o dinheiro eu posso comprar um bom carro, uma boa casa, umas boas roupas, sim posso... mas não posso comprar amor, saúde, amizade, não posso comprar aquilo que é mais indispensável à nossa vida e à nossa sobrevivência. Será que é assim tão dificil perceber que para mim o dinheiro não é a coisa mais importante, e por muito que até seja bem pago fora daqui, o esforço e o sacrifício não vão ser bem pagos para tudo aquilo que fizer... Porque não é só trabalhar, é adpatar-mo-nos a um mundo novo, um mundo completamente diferente daquele em que vivemos até agora. EU nunca fui bom em mudanças. Em nada na vida. Elas sempre me custam, sempre me doem, sempre me ferem. Só eu e Deus, sabemos o que vai dentro de mim. Mas eu preferi deixar de falar com as pessoas sobre o que sinto, porque ninguém me percebe. Acham sempre que ou não quero trabalho, ou não sei o que quero. Obviamente que o que eu queria de verdade era ficar aqui, onde me conheço, onde sei quem sou, onde sei quais são os meus limites, onde sei viver. Mas também sei perceber que aqui, por agora, não há grande futuro. Só mesmo para os afortunados e os cheios de sorte. E eu nunca tive sorte! 
Só gostava que aqueles que me apontam o dedo, e quesão os primeiros a criticar-me, estivessem dentro de mim só um dia, umas horas ou até uns segundos, porque apontar defeitos à vida dos outros é fácil, dificil mesmo é sentar-se lado a lado, e dizer: "eu entendo-te". Porque mais de que um trabalho, o que eu preciso é de apoio, gente que me ajude a levantar e não gente que me bota p'ra baixo nos meus momentos mais tristes e complicados. Por tudo o que vivi sozinho até hoje, e que ninguém sequer imagina, eu sei o porquê das minhas reacções e o porquê de ser assim. Porque tenho uma história, porque tive uma vida, e porque só eu conheço os meus sentimentos e aquilo que na verdade vai dentro de mim. Porque sou eu que tenho que viver daqui p'ra frente, sou eu que tenho que me adaptar, sou eu que tenho que fazer tudo sozinho... 


Ao governo só tenho uma coisa a dizer: já que o futuro dos jovens é emigrar, ao menos empenhem-se em dar aulas de línguas estrangeiras nas escolas. Troquem as inúmeras horas da disciplina de "Português" por outras como "Inglês", "Francês"... visto que elas irão fazer muita mais falta que a nossa própria língua! Já que no resto não podem fazer nada, ao menos façam isto pelos próximos jovens de Portugal! CONCENTREM-SE NA FORMAÇÃO EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, PORQUE O PORTUGUÊS NÃO FAZ FALTA!!!



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O livro da tua vida

"O teu pedido de desculpas não muda nada. Não muda o sofrimento, as lágrimas caídas, a dor sentida. Porque simplesmente isso tudo já foi vivido, e o tempo passou. A vida não é como um livro que tu escreves, em que podes voltar às páginas anteriores e apagar aquilo que já não te serve, ou aquilo que viveste e sentiste.
A escrita da vida escreve-se sempre nas páginas à frente, e nunca dá para voltar atrás. É como se o livro da tua vida, apenas tivesse páginas à frente, e cada dia que folheias uma página à frente essa deixa de existir. E mesmo que gostasses de a reler, de a sentir, de a viver novamente, já não te é possível. As páginas já folheadas do livro da tua vida, deixam de existir, mas deixam sempre marcas e recordações, porque as lembranças, essas, ninguém – nem mesmo o tempo – conseguem alterar, mudar, ou fazer esquecer."

Excerto de um livro escrito por mim.