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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Margarida Rebelo Pinto | "O Amor é Outra Coisa" - as melhores frases do livro!

Nome: "O amor é outra coisa"
Página Facebook: https://www.facebook.com/pages/Autor-da-Minha-Hist%C3%B3ria/352657488156512?ref=ts&fref=ts
Autora: Margarida Rebelo Pinto

Edição: Novembro 2012

Editora: Clube do Autor

Páginas: 212

Apresentação: "Por mais que me custe aceitar, o meu porto de abrigo já não passa por ti. Na verdade não passa por ninguém. Temos de o encontrar dentro de nós, ou estaremos perdidos para sempre" | "Somos sempre na vida dos outros mais do que aquilo que imaginamos"

Dirigido a: Para todas as mulheres que não desistem de amar. A todos os homens que têm medo de se entregar.

Sou grande fã da escrita de Margarida Rebelo Pinto. Aliás foi nela que encontrei o gosto pela leitura e encontrei a minha própria forma de escrita. Este livro é uma carta que a protagonista escreve à sua irmã Alice, que vivia em Milão com o marido Piero e os filhos Alessandro e Bianca, só que infelizmente, o cancro seifa-lhe a vida. Enquanto escreve a carta, a protagonista, vai relatando a sua história de amor com Diogo. Para uma melhor explicação da história, Margarida Rebelo Pinto, intercala na narrativa uma fábula protagonizada pela cegonha Adelaide e o urso Simão. Uma fábula arrebatadora, doce e como não podia deixar de ser romântica.  Duas histórias de amor felizes só que atribuladas, onde dúvidas, medos e inseguranças deitam tudo a perder. Mais uma vez, neste livro, o amor não vence a vida. Mas a maior lição que podemos tirar deste livro é mesmo a de que o maior porto seguro que possamos ter vive dentro de nós. 
Deixo agora aqui, as melhores frases do livro, que eu próprio seleccionei. Espero que apreciem e se deliciem com este fantástico livro. 

  • ·        “Há um limite para o sofrimento. E és tu que o escolhes.”
  • ·        “Há um limite para o sofrimento e sou eu quem o escolhe. Uma coisa é sofrer com a tua morte, outra é desgastar-me por um homem que não foi o que eu esperava. Não quero matar a cabeça a pensar naquilo que podia ter sido na minha vida e não foi, por indecisão, por medo, por incapacidade de crescer e arriscar. Não posso nem quero criticá-lo, sei que me entendes, querida Alice. Aliás, uma das razões que levou a que ele se afastasse foi o meu espírito de crítica letal, ao mesmo tempo que era permissiva com ele. Cometi o erro no qual todas as mulheres que se apaixonam incorrem: quis mudá-lo, fazer dele uma pessoa diferente. É necessária uma força sobre-humana para alguém viver contra a sua natureza. Acredito que vi nele um potencial que mais ninguém seria capaz de reconhecer e puxei por ele até o partir ao meio.”
  • ·        “Há um limite para o sofrimento que tem de ser accionado, para que não chore cada vez que fale dele, que olhe para as nossas fotografias, que entre no ginásio onde me inscrevi desde que nos separámos onde ninguém me conhece e, se chorar, ninguém vai reparar. Esse limite também tem de passar por não lhe enviar sms ou e-mails, por não passar à porta de casa ou do escritório dele, por evitar locais que fazem parte das suas rotinas diárias e nocturnas.”
  • ·        “Há um limite para o sofrimento, repito para mim mesma, como um mantra. Há um limite para tudo na vida, menos para o tempo, porque o mundo não para, nunca para, aconteça o que acontecer, morra quem morrer. O tempo cura tudo, dizem. Eu sei que cura, mas ainda não cheguei lá. Vou demorar algum tempo, conheço-me. Ou talvez não seja o tempo, mas as circunstâncias que nos vão ajudando a sarar feridas. Não sei, agora não consigo saber nada, só sei que tenho de reagir.”
  • ·        “(…) sempre foste o meu ombro. E eu nunca vi ninguém caminhar sem um ombro. A isto chama-se a Dor da Perda. Escrita em maiúsculas por ser grande dentro do peito, ainda que invisível para quem não a sinta. Consolo-me com a ideia de que, ao contrário de ti, ele não morreu. Um dia destes encontro-o por acaso e volto a vê-lo a sorrir, um sorriso que vou sempre amar, meso que nunca mais se deite na minha cama nem volte a agarrar-me como só ele fazia, como só eu queria. O Diogo está vivo, a poucos quarteirões, temos amigos em comum, se lhe acontecer alguma coisa, de bom ou de mau, acabarei por saber. E isso traz-me um magro consolo, sempre é melhor do que nada.”
  • ·        “Não escrevo para ele. Escrevo para que tu me possas ouvir, enquanto vou arrumando a cabeça e limpando o coração, mesmo sabendo que a primeira tarefa é infinitamente mais fácil do que a segunda. Ainda não consigo pensar em eliminá-lo de nenhum dos meus sistemas. Não é que não ambicione alcançar esse dia, mas da mesma maneira que não se força o amor, também não se deve forçar o esquecimento. Tudo tem o seu tempo e modo, estou ainda em reflexão, a aprender a aceitar uma nova realidade, da qual, aparentemente, ele já não faz parte.”
  • ·        “As alegorias explicam-nos o que a vida não consegue.”
  • ·        “A nossa relação cresceu assim, devagar, como quem junta todos os dias mais tijolos a uma parede e depois a outra, seguindo a planta de uma casa. O Diogo era bonito, estava sempre com um grande sorriso, adorava a minha companhia e gostava de dormir comigo. Com o tempo habituámo-nos a dormir agarrados e a acordar ao lado um do outro. Comecei a derreter-me lentamente por ele, sem medo, porque me sentia segura. Foi tudo tão gradual, suave como as ondas de um rio.”
  • ·        “A vida está cheia de actos inexplicáveis.”
  • ·        “Passaram três meses, o Diogo afeiçoou-se à minha casa e à minha vida e eu a ele. Foi ficando, deixando roupa, o perfume, o champô, o cheiro nos lençóis e nas toalhas de banho, mesmo depois de lavados. Conheci a família dele, que me tocou pela simpatia e simplicidade. Ouvia-o contar histórias do pai que já morrera e pensava na minha sorte em ter ainda o meu vivo e com saúde, apesar de viver em Paris. Sentia muitas saudades dele, morrera em poucos meses, na família ninguém se apercebera até que ponto ele já estava doente, o choque era visível em todos, embora por educação e força do hábito todos encarassem aquela calamidade com aparente estoicismo. Riso e entendimento eram a matéria-prima dos nossos dias. Ele puxava pelo meu lado mais leve. Sentia-me feliz, estava sempre a brincar e a fazer piadas. Ele ria e respondia. Lembro-me de começarmos na risota ao pequeno-almoço, como se o humor viesse misturado no café com leite ou barrado nas torradas entre a manteiga e o mel. O mel, sempre o mel a correr-nos nas veias, nesta e na outra história, o mel que também está na cor dos olhos e na forma como ele ainda olha para mim, apesar de tudo o que aconteceu.”
  • ·        “São sempre assim as melhores relações. Crescem sem pressa, como uma árvore. Mas a minha árvore cresceu demasiado, aquilo que a aconchegava começou a sufocá-la. Agora é a árvore dele que precisa de crescer. É como se lhe tivesse posto uma redoma em volta, para que os meus ramos não a toquem. Tudo o que disser ou fizer será sempre visto com maus olhos, porque o que mais deseja neste momento é sentir que depois de quase quatro anos consegue ser feliz sem mim. E ambos sabemos o porquê de tudo isto. Ambos sabemos que quando eu estive lá para ele, disposta a fazer da nossa relação a melhor do mundo, ele hesitou, duvidou e adiou decisões, sem no entanto se afastar.”
  • ·        “Não se pode amar com segundas intenções…”
  • ·        “A vida nunca é como a imaginamos, é sempre diferente.”
  • ·        “A vida é sempre outra coisa.”
  • ·        “O fim de uma relação é sempre difícil. As razões que conduzem a esse fim quase nunca são claras nem lineares. Se pesar na balança, separando o que estava bem daquilo que estava mal, honestamente não sei para que lado pende o fiel. O amor que ainda sinto por ele quer fazer prevalecer o lado bom, mas se aqui chegámos é porque, infelizmente, não foi esse que venceu.”
  • ·        “(…) mas, quando a paixão chega, cega a razão e leva tudo à sua frente, mais vale deixar seguir o curso das águas.”
  • ·        “Quando gostamos de alguém, o melhor é não sabermos porque é que gostamos (…)”
  • ·        “Quando amamos o espelho não construímos nada, porque procuramos no outro uma imagem de nós. É quando amamos aqueles que são diferentes que crescemos, que aprendemos alguma coisa e que nos tornamos melhores.”
  • ·        “Cedo Adelaide deixou de apregoar ao mundo o seu amor por Simão, preferindo uma postura discreta, sem se alongar em explicações, porque entendia o suficiente sobre o amor para saber que há coisas que não se explicam. Aliás, no amor, a maior parte das coisas não se explica, porque o amor é feito de uma matéria que está acima de todas as outras e que acumula a paixão, a atracção, o desejo, a amizade, o riso, o entendimento, a cumplicidade, a entrega e o respeito. O amor não se pode parcelar, ou é tudo ou não é nada. E se aqueles que nos amam forem loucos por nós, então é porque esse amor não vale a pena.”
  • ·        “Quando temos tudo o que sempre sonhámos e somos felizes, perdemos a capacidade de valorizar o que já construímos e entramos muitas vezes em autoboicote. É irónico, mas é verdade. E aquele amor puro, alimentado pela leveza e pela cumplicidade, feita de riso e de entendimento, de paz e de dias bem passados na cabana das dunas tornou-se noutra coisa, numa sombra triste daquilo que poderia ter sido.”
  • ·        “Éramos diferentes em muitas coisas, mas encaixávamos. E, sobretudo, fazíamos bem um ao outro.”
  • ·        “Eu vesti a camisola, queria fazer equipa e ganhar todos os campeonatos com ele. Não tinha medo de nada, nunca tive.”
  • ·        “Quando nos dedicamos de corpo e alma a alguém que amamos, não é demais pedir-lhe que se entregue sem reservas, pois não?”
  • ·        “Há muitas pessoas que não conseguem fazer escolhas nem tomar decisões. Preferem ser conduzidas pela vida, encostando-se às circunstâncias, aproveitando o melhor que a sorte trouxer, e depois logo se vê. Mas que o faz geralmente acaba por cair. Podemos escolher passar pela vida ou deixar que a vida passe por nós, podemos ser proactivos ou reactivos, podemos arriscar ou adiar, mas tudo isso tem muito mais a ver com a educação e com o carácter de cada um, portanto talvez nem sequer seja uma questão de opção.”
  • ·        “As pessoas dizem demasiadas vezes que não conseguem fazer isto ou aquilo quando, em bom rigor, se fossem honestas, deveriam dizer que não querem. Não existe nenhuma diferença entre uma razão e uma desculpa.”
  • ·        “O Diogo e eu tínhamos construído uma vida em comum, rotinas que nos traziam segurança e bem-estar, fins-de-semana a brincar às casinhas no nosso paraíso, jantares de frango assado ao domingo, seguidos de filme em casa, almoços de família, programas com amigos. Também é essa rotina que agora me faz falta, o lugar dele vazio à mesa, razão suficiente para me ter habituado ao tabuleiro em frente da televisão. Agora só me sento quando convido amigos e jamais à cabeceira, que nunca deixou de ser o lugar dele, mesmo quando já não estávamos oficialmente juntos e ele continuava a fazer parte da minha vida. Prefiro sentar-me frente a frente. Os lugares vazios ocupam demasiado espaço por toda a casa, na sala, na mesa, na cama e no coração. Mas começo finalmente a aceitar a ideia de que tenho mesmo de o esquecer. Não posso parar a roda do tempo, apenas mudar a forma como me encaro.”
  • ·        “Não controlamos nada nem ninguém (…)”
  • ·        “Pergunto-me se o Diogo terá aprendido alguma coisa comigo. Temo que tenha sido muito pouco ou nada, só o tempo o dirá. Cada vez sei menos sobre nós. Sei o que fomos, mas não sei nada do que somos, dá-me pena pensar que já não somos nada. Só sei que era louco por mim, até ao dia em que deixou de o ser.”
  • ·        “A realidade muda, às vezes muito devagar, outras, a uma velocidade vertiginosa.”
  • ·        “A vida é mesmo assim: nunca muda quando pensamos, mas um dia muda mesmo e, quando damos por isso, o jogo virou e perdemos o que tínhamos. Ganhar e perder fazem parte da vida e da morte, tal como a glória e a tristeza, a luz e as sombras.”
  • ·        “A vida é mesmo assim, temos de estar sempre atentos, à menor distracção o mundo cai-nos em cima (…)”
  • ·        “Não troques um presente bom, real, construído com amor e carinho, no qual somos felizes, por um ideal de vida onde te imaginas com alguém que nem sequer conheces e nem sabes se existe.”
  • ·        “Se amas alguém tanto que não consegues ser quem és, então é porque esse não é o amor que mereces. É preciso continuar em frente, mesmo quando a sorte se vai embora.”
  • ·        “A ilusão é o primeiro dos prazeres. E os sonhos nunca se calam. Quanto mais sufocados são, mais alto se manifestam. Só queria que ele acreditasse em nós tanto como eu acreditava. As dúvidas e as indecisões constantes foram minando a minha confiança, depois da minha alegria, depois a minha capacidade de acreditar em nós. Estava em sofrimento e não lho escondia. Comecei a cobrar-lhe tudo o que fazia por ele. Sabia que era errado da minha parte, mas era mais forte do que eu. Não queria separar-me dele porque o amava. Porém, não conseguia continuar assim.”
  • ·        “(…) quando há amor, este resiste a tudo.”
  • ·        “À força de tanto o amar, tinha-lhe facilitado demasiado a vida.”
  • ·        “O que restou do nosso amor transformou-se num jogo de poder. Não vou alimentar a transferência de domínio dos afectos, que era o melhor da nossa relação, para o poder; nunca entrarei nesse jogo. Se ele quer mostrar ao mundo que vive bem sem mim e que é feliz, isso é com ele. O tempo irá encarregar-se de repor a verdade dos factos e de dar a cada um a sua real dimensão. Só o tempo conseguirá fazer isso, nenhum de nós possui agora essa capacidade, e, do lado dele, nem sequer se manifesta a vontade de o fazer. Está a vingar-se. Numa das últimas conversas admitiu que era isso mesmo que se passava. Nem se deu ao trabalho de disfarçar o desejo de vingança. Pelo contrário, afirmou-o taxativamente, como quem atira um prato contra a parede. Então que assim o seja. Vingue-se à vontade, mas não se esqueça que, antes de me mostrar arisca e indisponível, estive dois anos da minha vida e dar o litro por ele e por essa terceira entidade, que é a alma de todas as relações de amor bem-sucedidas, e que ele nunca valorizou.”
  • ·        “Não perdemos aqueles que amamos de um momento para o outro, a não ser quando aa morte os leva. Na verdade, perdemos aqueles que amamos a cada decepção que eles nos dão, a cada ausência de um gesto de atenção, de mimo, de amizade ou de respeito. Vamos perdendo aqueles que amamos quando percebemos que não nos amam da mesma maneira, quando eles se instalam na nossa vida mas não se decidem a assumi-la, quando nos sentimos usados, alugados, e, consequentemente, desconsiderados. O processo de deixar de amar alguém que faz parte da nossa vida é complexo, penoso e tudo menos linear. O tempo passa, as coisas não mudam e nós ainda amamos aquela pessoa, mas amamos cada vez menos coisas nela, porque o que não gostamos ou não aceitamos vai crescendo como uma bola de neve. Até ao dia em que a bola já é tão pesada que nada a segura, e rola montanha abaixo a uma velocidade cada vez maior, segundo a lei da força cinética, ganhando peso no embalo, e nós enrolados nela.”
  • ·        “O que se pode fazer depois de dar tudo? Nada, a não ser continuar vivo.”
  • ·        “Os amigos não se fazem, reconhecem-se, a amizade transforma o mundo num lugar mágico, num lugar melhor (…)”
  • ·        “Só te digo mais uma coisa: esse urso que tu amas não vai sair do teu coração enquanto não aprenderes a encontrar em ti…”
  • ·        “(…) nunca sabemos tudo, a vida é que nos vai dizendo o que precisamos, à medida que estamos preparados para ouvir.”
  • ·        “O amor é como uma erva daninha: se não lhe mexermos, cresce em todas as direcções, mas se começarmos a esgravatar aqui e ali, acabamos por destruí-lo.”
  • ·        “O apego é como uma doença letal e silenciosa, vai-nos comendo a capacidade de estarmos sós, de nos sentirmos bem simplesmente com a nossa companhia. É como um aspirador emocional, retira-nos anos de treinada independência, torna-nos vulneráveis, fracos, dependentes. É uma droga, como o amor e o sexo, sobretudo quando o amor e o sexo se fundem na mesma pessoa e na mesma relação.”
  • ·        “É muito fácil imitar o amor. Vivemos rodeados de imagens e sufocados por músicas que nos apelam constantemente para cenários idílicos, casais perfeitos, comédias românticas em que o amor vence sempre a vida, ou amores perdidos que nos roubaram o coração em canções de qualquer época. O amor é um dos nossos motores de vida, quem vive sem ele seca como uma árvore sem água, quem vive sufocado nele pode afogar-se em mágoas ou na espuma dos dias.”
  • ·        “O amor verdadeiro dá muito trabalho. É como um full time job sem folgas aos fins-de-semana e sem ordenado no final do mês. É estar lá para o outro, tanto nos dias em que o amamos, como nos dias em que estamos fartos dele. O amor não é feito de palavras nem de grandes gestos românticos, mas de provas. Não é abstracto nem transmissível: se amamos uma determinada pessoa não podemos passar esse amor para outra. Temos de deixar de amar a anterior, esquecer, e recomeçar do zero, senão não é amor, é uma fuga para a frente, uma transferência afectiva, uma solução fácil e prática, e tudo isto são imitações do amor.”
  • ·        “Talvez a lição mais difícil de aprender acerca do amor seja que o amor não se aprende. Treina-se com o tempo, apura-se com a maturidade, mas não se aprende, porque o temos dentro de nós ou não o temos, e quem o tem quase nunca o domina. Podemos saber o que seria certo fazer, mas nem sempre o fazemos. Podemos errar, mesmo quando não queremos. Podemos tratar mal aqueles que amamos sem nos apercebermos. Mas quem ama perdoa ainda que não esqueça, quem ama segue em frente, quem ama não se agarra a desculpas, arregaça as mangas e não desiste, porque o amor verdadeiro é o avesso do medo e a vontade o seu maior aliado.”
  • ·        “Amar é proteger, é acreditar, é construir, é sonhar com os pés na terra. Amar é planear. E depois trabalhar em conjunto para que os planos e os sonhos se realizem. Nenhum amor sobrevive sem construção, recostado à sombra da bananeira, porque cada história de amor tem a sua própria vida, a tal terceira entidade na qual tanto acredito. Se não cresce e se desenvolve, se não se transforma nem amadurece, acaba por morrer. Para construir é preciso acreditar.”
  • ·        “O amor também precisa de alimento para crescer, para se desenvolver, para se ir transformando ao longo dos anos e se ir adaptando ao longo da vida.”
  • ·        “Estou melhor, é certo, reconheço em mim alguns progressos. Já não choro de manhã quando acordo, nem à noite, antes de adormecer. A presença dele no meu coração e no meu espírito é ainda muito forte, mas já não é sentida com a mesma tristeza. A mágoa está a ir-se embora devagar, sinto pequeníssimas mudanças todos os dias. Já consigo almoçar e jantar, e durmo sem a ajuda de calmantes. E cada vez que entro no ginásio e vejo o meu personal trainer a perguntar se estou bem, já não tenho vontade de chorar como nas primeiras semanas.”
  • ·        “Para mim o amor é eterno enquanto for terno e firme, exclusivo enquanto valer a pena.”
  • ·        “Ou tenho uma relação que valha a pena e na qual sou feliz, ou então bato com a porta e vou-me embora.”
  • ·        “(…) preferia desistir de uma relação que não me dava aquilo que eu queria, e sobretudo aquilo que eu merecia, e arriscar a favor do desconhecido. Abri asas e voei.”
  • ·        “A tristeza também encurta a visão, fecha-nos no nosso mundo, não conseguimos ver para lá dos nossos medos.”
  • ·        “Não basta amar alguém, é preciso que aquele que amamos também nos saiba amar. E amar é estimar, proteger, ajudar, motivar, amar é uma aprendizagem infinita, uma tarefa eterna, como pensar e escrever.”
  • ·        “(…) são quase sempre as nossas maiores virtudes que nos conduzem à tragédia.”
  • ·        “Não podemos nem devemos nunca pôr a nossa vida nas mãos dos outros.”
  • ·        “Amar é vestir a camisola, é ver o outro como o melhor que nos podia ter acontecido, e por isso estimá-lo como um tesouro e não gastá-lo a nosso bel-prazer.”
  • ·        “Usamo-nos todos uns aos outros e chamamos a isso amor, e quando já não nos podemos usar uns aos outros, chamamos a isso ódio.”
  • ·        “Mas a vida não é só amor e uma cabana. Não vês o passado porque não foste tão feliz como queres acreditar que foste. Esse amor não é um amor pleno: ele vive cheio de dúvidas e tu vives cheia de medo que as dúvidas dele sejam mais fortes do que o vosso amor. O amor tem de ser o oposto do medo, ou, pelo menos, o seu avesso.”
  • ·        “Agora segue o teu caminho, ouve o teu coração e a tua cabeça e escolhe o que for melhor para ti.”
  • ·        “Os amigos são os nossos guias quando tudo o mais falha.”
  • ·        “(…) estou só e sinto-me só, como se tivesse a alma de molho e o coração em obras.”
  • ·        “O seu coração batia cansado, como se quisesse parar. Quanto mais pensava na sua história de amor com Simão, mais a desolação se apoderava dela. O seu maior sonho era ter conseguido entender-se com ele. Mas a vida assim não o quis, e agora só lhe sobrava o vazio. E o negrume de amor inútil, a rebentar-lhe o coração.”
  • ·        “Há amores que secam como desertos por falta de amor, e há os outros, que acabam em agressões e em insultos, em lágrimas e em gritos, em caos e em loucura, deixando para trás um cenário de irreconhecível desolação. São os amores nos quais o amor não morreu, apenas não resistiu à corrosão da crítica, à gestão gorada de expectativas, à incapacidade de investir, à indecisão permanente, ao medo de falhar, o medo que é o avesso da vontade e assim se transforma no maior inimigo do amor.”
  • ·        “É difícil cortar laços, dói tanto como uma ferida aberta. Dói o corpo da ausência do outro corpo, dói o coração que não pode parar de bater mas que queria dormir para esquecer, dói a alma que se sente esvaziada, dói a raiva e o ciúme e o medo de perder quem nos é tão querido, mas acima de tudo dói a sensação de termos falhado, de não termos conseguido ser mais fortes, de termos permitido que a vida vencesse o amor, e não o seu contrário.”
  • ·        “Quanto mais teimamos em agarrar uma ilusão, mais tarde conseguimos adiar as escolhas que mudam a nossa vida. O que está perdido, está perdido.”
  • ·        “Cada pessoa é insubstituível e essa é a maior dor quando se perde um amor.”
  • ·        “Quando somos mais novos, acreditamos que, ao longo da vida, iremos cruzar-nos com várias pessoas com quem vamos viver grandes histórias de amor. Confundimos atracção com paixão, paixão com tesão, prazer com apego, apego com amor. O amor é outra coisa e só o tempo nos ensina a descobri-lo, quando percebemos que a matéria de que é feito o verdadeiro amor é trabalho, tempo, dedicação e construção.
  • ·        “Às vezes temos sorte, outras vezes, azar; às vezes somos nós que damos pontapés na sorte e deixamos fugir aqueles que mais amávamos e nos faziam felizes.”
  • ·        “Quando uma história de amor acaba, não é por falta de sorte. Às vezes nem sequer é por falta de amor. É porque tinha que acabar. E a vida é sempre outra coisa. Tal como o amor. Podemos ficar sentados à espera de que alguma coisa mude, ou podemos ser agentes da nossa mudança.”
  • ·        “Para quê falar do futuro quando o presente é tão perfeito? É como mexer na erva daninha.”
  • ·        “Porque gosto sempre de imaginar como seria a minha vida se pudesse ser diferente (…)”
  • ·        “Todos fazemos travessias no deserto algumas vezes durante as nossas vidas, fazem parte do crescimento. A grande questão está em saber como levá-las a cabo. Nem todos sobrevivem, nem todos chegam ao fim. Alguns desistem. Voltam para trás, ou morrem a meio do caminho. Outros são salvos pela Providência quando a morte os espera. Apenas os eleitos conseguem chegar ao seu destino.”
  • ·        “Nunca nada é igual. Nunca nada se repete. O tempo não espera por ninguém e a vida também não. E quem não consegue fazer escolhas, um dia acorda e percebe que a vida já as fez todas, é impossível voltar atrás.”
  • ·        “Quando há amor e mágoa, esta desaparece sempre primeiro. Se a mágoa prevalece é porque aquilo que existia não era amor verdadeiro. Perdoamos na medida em que amamos, já escrevi isto e não me importo de o repetir, porque é verdade. Perdoamos na medida em que amamos. E quando deixamos de amar alguém e remetemos o nosso amado para o esquecimento, convencidos de que nunca conseguiremos perdoar, o esquecimento acaba por ser uma forma de perdão.”
  • ·        “O ódio é o sentimento mais próximo do amor  (…)”
  • ·        “A maneira mais bela de recordar os outros é sermos a pessoa que fizeram de nós e viver a vida que nos ajudaram a construir.”
  • ·        “Por mais que me custe aceitar, o meu porto de abrigo já não passa por ti. Na verdade, não passa por ninguém, temos de o encontrar dentro de nós, ou estaremos perdidos para sempre.”
  • ·        “Viver na espuma dos dias é confundir paixão com amor e tesão com apego.”
  • ·        “Quanto a ti, não sei o que de facto aprendeste enquanto estivemos juntos. A vida que levas hoje em dia é igual à que tinhas quando te conheci.”
  • ·        “Tomar decisões e seguir em frente com elas é o que nos faz crescer.”
  • ·        “A traição dói como uma faca espetada no coração (…)”
  • ·        “Onde começa a mentira? Se é quando não se diz toda a verdade, então mentiste-me sempre.”
  • ·        “Não sabias o que querias, porque nunca soubeste.”
  • ·        “O risco faz parte da vida, pensamos que controlamos tudo, e olha o que nos aconteceu.”
  • ·        “As pessoas que se iludem, ainda que se enganem, são mais felizes.”
  • ·        “A vida está repleta de reveses irónicos como este, a ficção não faz mais do que copiá-los e imitá-los. Ninguém vive para sempre. Um dia, eu e tu morreremos, das nossas vidas irão restar apenas a nossa imagem e as memórias que os outros guardarão de nós, e este livro, que é a memória de tudo o que foste para mim.”
  • ·        “(…) prefiro não te voltar a ver do que tropeçar na sombra de alguém que foi tudo para mim e não soube valorizar o que teve.”
  • ·        “(…) aquele que é mais forte é o que desafia o seu próprio destino.”
  • ·        “Quando alguém viveu no nosso coração durante muito tempo, tem direito a uma última palavra.”
  • ·        “Não se pode voltar atrás em quase nada na vida, essa é uma das suas maiores tragédias.”
  • ·        “Moral da história: a vida é para ser agarrada de corpo e alma, senão foge-nos para sempre.”
  • ·        “(…) há dois caminhos na vida; a liberdade para aqueles que arriscam, ou a prisão para aqueles que se acomodam.”
  • ·        “A vida é muito curta, o tempo voa mais depressa do que qualquer pássaro, e, como dizia John Lennon, life is what a happens while you’re busy making other plans. E como será a vida para aqueles que, como tu, nunca os fazem, com medo de errar? Ainda vais a tempo de mudar, por isso muda, antes que a vida faça escolhas por ti.”
  • ·      “Somos sempre muito mais na vida dos outros do que imaginamos. Talvez nunca tenhas percebido o quanto te amei, mas ainda não é tarde para abrir o coração e deixar que a voz da alma fale mais alto do que a razão. O amor é uma terra estranha onde tudo renasce do nada, onde tudo é, ainda e sempre, possível. Basta querer e acreditar. Não é fácil amar, o impossível é viver sem amor.”

 

6 comentários:

  1. Obrigadooooo ;)
    Eu li este livro todo no dia em que saiu :)

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  2. excelente blog! fartei me de procurar frases e excertos do novo livro da mrp e não e encontrei nada até ver esta preciosidade. keep going ;)

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  3. Excelente blog.. Também sou uma fã da escrita da Margarida Rebelo Pinto.

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  4. que frases lindas! Gostei muito mesmo

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  5. adoro...não me canso de ler e ler e ler ...

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