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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Violência Doméstica


   Eu não consigo perceber, como é que um homem, é capaz de fazer uma coisa tão horrenda como esta. Como é que um ser humano, pode terminar assim com a vida de outra pessoa, que com certeza o amava e faria tudo por ele? Prova disso, é que esta cena se realizou após uma “reconciliação”. Fico indignado com a selvageria onde somos obrigados a viver. Fico ainda mais triste com a injustiça da justiça portuguesa. Às vezes penso mesmo que a maldade compensa, e que prova disso, é o monte de criminosos que anda por aí à solta!
É um pouco assustador, ver o rumo que levam certas relações amorosas. O ciúme doentio, a obsessão em ter alguém, são sentimentos tão contrários à verdadeira premissa do amor. Quem ama confia. Quem ama deixa livre aqueles que amam, pelo seu bem, para que eles próprios encontram o caminho da sua felicidade. Quem ama não agride, não violenta, não maltrata. Quem ama cuida, protege, acima de tudo, entrega o seu bem-estar, pelo bem estar do outro. Mas a verdade, é que na maioria dos casos, não é isso que acontece. Falo em homens agredirem mulheres, porque são casos, com maiores percentagens. As mulheres também o fazem. Mas o amor não é isto! O amor não leva a estes fins tão horrendos! Como é que uma coisa tão bonita, pode ter um final tão feio?
  Não consigo colocar-me no lugar de alguém que bate na pessoa que ama! Eu jamais o faria! Sou ciumento. Mas nunca agredi ninguém por ciúmes. Saber controlar-se é um dos maiores controlos que podemos possuir. Não consigo perdoar e aceitar, esta realidade. Como é possível amar alguém e acabar com a vida desse alguém? Que tipo de amor é este? Eu respondo: não é nenhum. Quem conhece o amor, quem já o sentiu, sabe bem quais são as suas verdadeiras premissas. E elas nada têm a ver, com a realidade que está exposta naqueles cartazes… nada mesmo!
 
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O que só eu e Deus, sabemos...


Gostava que esta fosse a minha última carta para ti, porque nem tu, nem ninguém, apenas eu e Deus sabemos como têm sido os meus dias desde que te conheci. Só Deus e eu sabemos o esforço que faço todos os dias da minha vida para tentar aceitar um fim que nunca quis, uma ausência que nunca imaginei vir a existir, uma saudade descontrolada que me invade a alma e me corrói o coração. Só Deus e eu sabemos o quanto me dói a distância, a saudade, e ainda ter que esquecer quem tanto amo, somando ainda o facto dessa mesma pessoa não me amar. Eu vivi por este amor, literalmente. Todos os dias tentei dar o melhor de mim a ele. Eu esforcei-me tanto!

Nunca conseguirei aceitar, o que não tem entendimento possível. Eu fiz-te tanto bem, eu lutei tanto pela tua felicidade, eu abdiquei da minha por ti, eu ia contra o mundo inteiro por ti, e tu viras-me as costas sem justificação, nem nada que me faça entender, o motivo, a razão e o porquê! Eu não merecia isto, e é por isso que me sinto tão revoltado, tão magoado, tão saturado, tão desgastado… o tempo tem sido implacável comigo, têm-me posto à prova de todas as maneiras e mais algumas, e cada vez que eu penso que estou prestes a esquecer-te, eis que algo acontece, e me tomba, me derruba… é como se vivesse no centro de um tsunami todos os dias. Já tantas vezes pensei que este amor me fosse matar!

Já subi degraus num santuário para que Deus me ajudasse nesta luta. Já rezei. Já implorei quase a tombar no chão a Deus para me salvar. Já chorei acabando estendido no chão. Já me contorci de dores. E acredita, o coração pode doer muito mais que uma perna partida. Nenhuma dor se pode comparar às dores internas, até porque para essas nem sequer existem medicamentos. Não dá para fugir dessas dores, temos que as sentir, temos que as aguentar, temos que as suportar, e muitas vezes, era bem melhor ter uma perna partida. Ao menos essa dor passava com um medicamento.

Talvez eu tenha errado. Errado por me apaixonar. Sei lá. Como te disse, certa vez, em outra carta que te escrevi, eu estou apaixonado por ti, praticamente desde o primeiro mês em que nos conhecemos. Foste a melhor pessoa que eu conheci. Pelo menos naquela época. E de lá até hoje, já passaram quase seis anos. Seis anos sofridos, conturbados, contundentes… eu perdi tanto por este amor! Perdi a minha vida, a minha alegria, o meu sorriso sincero, a minha paz, o meu coração, os meus sonhos… eu perdi tudo. Eu esperei sempre por ti. Eu aguentei calado tudo isto. Pouco ou nada me queixei. Só Deus e eu sabemos.

Apesar de tudo, com as pessoas eu estou sempre disposto a sorrir. A brincar. A mandar piadas. Mas ninguém imagina o quanto destruído eu estou por dentro. O quanto choro, o quanto me sinto sem forças, sem vontade de continuar, sem paciencia para viver…

Eu sei que preciso de ajuda. Sozinho eu não vou conseguir ultrapassar isto. Eu refugiei-me. Afastei-me. Reservei-me. Vivo no meu cantinho, enquanto a vida me passa ao lado. O e mais triste disto tudo é que eu desespero por não saber o que fazer para te esquecer. Qual é a receita mágica para controlar os meus sentimentos por ti? Como matar um amor? Como libertarmo-nos de uma paixão? Eu não estou a conseguir chegar a estas respostas, e muito menos pô-las em prática.

Este amor sufoca-me. Contorce-me. É atroz. Uma ferida que parece que nunca mais vai sarar. Um toquezinho e ela sangra logo. E demora, demora muito a estancar. E quando estanca, vem mais um toquezinho vindo de sei lá onde, e volta a sangrar, e volta depois a demorar a estancar. É um ciclo. Nem este amor, nem a vida me têm dado descanço.

Que saudades que tenho do tempo em que acordava e não me sentia já cansado, pesado, camuflado em mim mesmo… Saudades de mim, do tempo passado, dos meus sonhos, e sobretudo saudade de não sentir vergonha de mim mesmo, e de não ter medo de encarar o mundo!

Estou cansado. Hoje estou realmente muito cansado. O amor, o sofrimento, esta luta diária e interna, deixam-me exausto, sem forças, esmagado nesta realidade gelada, tolhido pelo vazio e pelo som ensurdecedor deste silêncio!

Talvez tenha que procurar ajuda, alguém que me acompanhe, que me faça descobrir novos caminhos, alguém que me oriente, porque acho que estou estagnado no caos de toda esta realidade. Realmente, até no signo eu dei azar! Tinha que ser logo Peixes, o signo mais romântico, mais sonhador, mais incapacitado para se ajustar às mudanças, mais irrealista, mais sofredor…

Sabes quando olhas à volta e tudo parece estar a arruinar-se? Quando o chão que tu pisas já não é assim tão sólido que aguente o teu peso? Sabes quando vês as coisas a escorrerem-te pelos dedos sem poderes fazer nada para as agarrar? É assim que me sinto. E no amor é mesmo assim, não podes agarrar alguém que quer ir… e isso dói, ah se dói!

 Quando te conheci, apaixonei-me por ti sem esperar apaixonar-me. E podes não acreditar, mas um mês depois de te ter conhecido, já estava apaixonado por ti. Fui gostando da tua companhia, do teu carinho, da tua atenção, de ti, do teu jeito simples, humilde e ingénuo. Hoje passada mais de meia década, se me dissessem que te ia amar tanto, eu nunca poderia imaginar o tanto que te amaria.

O sentimento foi crescendo, e a evolução da história foi gradual. Aos poucos, criei uma ligação contigo que nem eu sei explicar. Amei-te sempre. Mesmo nos momentos em que te odiei por todas as mágoas que me causaste. Eu não merecia que me tivesses magoado tanto. Não depois de te ajudar a namorar com outras pessoas, mesmo que isso significasse a minha maior dor e a minha maior infelicidade. E foi-o. Mas a tua felicidade sempre foi o mais importante para mim. Não merecia que me magoasses, mesmo sem saber, quando me contavas das tuas aventuras sexuais. Mesmo assim eu suportei isso. Eu não merecia que me deixasses de falar só porque sim. Ficasses meses sem me falar. Eu não merecia que me dissesses “amo-te e nunca vou desistir de ti” e passado uma semana mudasses de atitude comigo e te fosses outra vez embora.

Eu perdoei-te coisas imperdoáveis. Eu esperei por ti anos. Eu lutei pelos teus sonhos e pela tua felicidade. Eu abdiquei do meu tempo para te ajudar, para te apoiar e nunca te falhar. Eu esforcei-me tanto… e, quando atrofiava contigo, era porque queria que me desses a atenção e o valor que eu merecia. Atrofiava contigo porque achava que quando não me falavas estavas com outras pessoas. E doía tanto. E continua a doer… e há-de sempre doer. Porque as histórias da nossa vida nunca se apagam, acompanhar-nos-ão até ao fim. E sei, que sempre que ouvir o teu nome me vou lembrar de ti, que o coração vai acelerar quase como se me fosse saltar pelo peito, que quando te vir as pernas vão tremer e vou ter vontade de fugir para longe.

Eu não te julgo por não gostares de mim, afinal, ninguém escolhe de quem gosta. Julgo-te porque me prometeste ficar comigo, porque me juraste quereres ficar comigo, porque me iludiste com promessas e me cobriste de esperanças de que pelo menos podia continuar a teu lado fosse de que jeito fosse. Eu passei todos os dias em que não estávamos juntos a pensar em ti e na falta que me fazias. Enquanto que tu vivias a tua vida, sem te lembrares nem por um segundo de quem te fez tanto. Sabes o quanto dói veres a pessoa que amas com outra? Sabes o quanto dói ajudar a pessoa que amas a ficar com outra? Sabes o quanto dói ouvi-la dizer que fez amor com outra? Tu podes não saber… mas eu sei, sei porque o passei por ti. E mesmo magoado, revoltado, triste, infeliz, usei as minhas forças para te amparar as quedas quando estavas mal. E nunca me virei contra ti. Permaneci sempre ao teu lado, firme e intacto, na esperança que um dia olhasses para o lado e percebesses o quanto eu te queria… o quanto eu te amava. E durante tantos anos e apesar de todas as atrocidades que me fizeste continuei a amar-te e à tua espera. Se fiz bem? Provavelmente não… mas, sei que me esforcei. Porque só quem já amou sabe o esforço que é atravessar os dias sem a pessoa que amamos por perto, e sem ter qualquer contacto dela… E acredita, em alguns dias, nem sei como consegui sobreviver a eles… 

Eu amei-te como nunca amei ninguém. Fiz tudo para ficar contigo, até o que me custava a minha própria felicidade, e todo o meu esforço foi por água abaixo e acabei sozinho, enfiado dentro de umas paredes, como se tivesse cometido o maior crime do mundo, só por me ter apaixonado. Eu sempre gostei do natal. Desde sempre foi a minha época do ano preferida. Mas até o encanto e a magia do natal eu perdi por te amar. Por todas as desilusões e mágoas, tornei-me uma pessoa fria e revoltada. Parece que vivo sempre irritado com alguma coisa. Não escolhi ser assim, mas a vida transformou-me. Amar-te é no fundo a maior aventura da minha vida. E eu sinto-me um aeroporto. Aquele que anseia a tua chegada e sofre com cada partida.

As nossas tardes juntos para ti não tiveram valor nenhum. As conversas que tivemos para ti foram só tempo passado. As vezes que te ajudei, te apoiei, tentei realizar o teu maior sonho, não tiveram qualquer importância para ti. O meu sofrimento para ti é um tanto-faz. E, por isso, não corro atrás de ti, nem te procuro… porque para ser espezinhado, desvalorizado, e mal-amado já o fui durante muitos anos. Não preciso sê-lo mais.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Se eu fosse o autor da nossa história...

Já por diversas vezes pensei, um autor de histórias é como ser Deus a brincar. Ele cria as suas personagens e dá a cada uma delas a sua história, os seus problemas, as suas alegrias, as suas vivências.
Se eu fosse o autor da minha própria história, daria à minha personagem todos os problemas que enfrentei, todas as dúvidas, medos, e alegrias. Não mudaria nada. Porque acredito que cresci com tudo o que me aconteceu ao longo da vida. E colocar-te-ia na mesma na minha história. Escreveria todos os bons e maus momentos que passei ao teu lado. Choraria tudo outra vez, magoar-me-ia em tudo o que na realidade me magoou, passaria por todos os obstáculos, e continuava à tua espera. Porque acredito que é na espera que se encontra o valor das coisas. É no esforço que fazemos para as ter que encontramos o valor a dar-lhe mais tarde.
Se fosse eu o autor da nossa história, acredita, não mudaria nada. Embora, tenha havido mais momentos maus, embora tenham existido muitas decepções umas atrás das outras, apesar das mágoas incontáveis, e dos meses sem falarmos… não apagaria isto. Reescreveria isto. Faria a minha personagem sofrer. Daria a mim mesmo, o que a minha história me ofereceu. Mas mudaria o final. Gostaria que na minha história, a mensagem final fosse a de que afinal tudo vale a pena, e que na realidade não há impossíveis. Que tudo pode, de facto, acontecer.
Não escrevia um final de novela. Escreveria um final idêntico à realidade. Quem sabe um novo encontro por um acaso na rua, uma nova troca de olhares, não acendesse a luz da nossa história perdida no tempo? Quem sabe as mágoas, o teu sofrimento, e tudo pelo que passaste na vida, não te fizesse, reconhecer o meu valor, e tudo aquilo que sempre fiz pela tua felicidade? Quem sabe, depois de tantos desencontros, meias-verdades, afastamentos, e aquela enorme falta de amor, a história não recomeçasse de outra forma, e ganhasse outra direcção?
Uma coisa é certa, na minha história, eu e tu terminaríamos felizes. Porque para mim tu não és como aquela minha camisola que eu amava e que não me serve mais, e que mesmo que a alargasse não seria a mesma coisa, até porque tu és o amor da minha vida, ou melhor, muito mais do que isso. O que eu sinto por ti, palavras nenhumas conseguem explicar, e mesmo que tente encontra-las, elas já nem sequer existem para a grandeza deste sentimento.

Talvez comece já hoje a ser um autor e brincar de Deus… porque nas minhas histórias, as minhas personagens até podem sofrer muito, mas no final, não se irão sentir injustiçadas e infelizes.