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sábado, 1 de dezembro de 2012

Augusto Cury | "O Vendedor de Sonhos" - As melhores frases do livro!

Título: "O Vendedor de Sonhos - O chamamento"
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Apresentação: Como é que pessoas normais se tornam especiais com a busca do amor à vida.
Edição: 2009
Páginas: 300
Editor: Livros d'Hoje
Sinopse: Um homem desconhecido tenta salvar da morte um suicida. De seguida, espalha a mensagem que a sociedade moderna se tornou num manicómio global. O seu discurso fresco e irreverente conquista as pessoas, habituadas a frases feitas e ao «politicamente correcto», ao mesmo tempo que as assusta. O que pensar de um estranho com ar de pedinte que fala da importância de vender sonhos ao ser humano? Uma ideia maravilhosa, mas invulgar… Numa época em que nos habituamos ao ritmo e às exigências desmesuradas de um relógio que não pára, libertarmo-nos das grilhetas da rotina e recuperarmos a consciência do que é, de facto, importante nesta vida pode ser assustador. Mas é fundamental! Ao longo deste romance poderá seguir os passos de um Vendedor de Sonhos, uma personagem fascinante que nos deixa na dúvida se se trata de um sábio ou do mais louco dos seres?! Uma história que o fará chorar, rir, e, certamente, mudar a sua vida. 
Opinião: Adorei este livro. Foi o único deste escritor que despertou a minha atenção. Li-o até ao fim. É sem dúvida um livro que recomendo, porque tem uma história - ou melhor - várias histórias de vida fantásticas, e mais uma vez, um livro com grandes lições de aprendizagem...
CITAÇÕES

Os suicidas, mesmo os que planeiam a morte, não querem matar-se, mas matar a sua dor.

 

Os meses correm, os anos voam.

 

A vida extingue-se rapidamente no parêntese do tempo. Vivê-la lenta e deslumbradamente é o grande desafio dos mortais. Estas palavras fizeram-me recordar que, no passado, os dias corriam tão depressa que eu não percebia. Agora, com esta invulgar família, os dias duravam. Vivíamos intensamente.

 

Durante toda a nossa história, complicámos a vida, mas agora estamos a passar por um complicado processo de descomplicação. Não é fácil, mas chegaremos lá.

 

Se ele é louco eu não sei, mas sei que ele diz que todos vivemos num manicómio global. O chefinho quer mudar o mundo – disse, dando uma dimensão fantasiosa às metas do mestre. Na realidade, o mestre queria estimular as pessoas a terem sede e fome de mudanças, pois apenas elas seriam responsáveis pelas suas transformações.

 

Não sei se ele vai mudar o mundo, mas está a mudar o meu mundo…

 

Agora? Sei menos ainda. Não sei quem sou nem o que sou, pois o que pensava que era não é o que sou. Estou a desintoxicar-me do que era para ser o que sou. Não compreendo ainda quem sou, mas estou à procura de mim. Está a perceber?

 

Olha, meu amigo, só sei que passava os dias a cair, mas agora ajudo a reerguer alguns.

 

Vai devagar, amigo… O pára-choques é frágil.

 

Nunca amei o próximo a não ser que ele me desse retorno. Sem retorno estava fora. Agora estava a tratar de alguém que, além de não me dar retorno, fazia-me sair do sério e gozava comigo…

 

É melhor carregar que ser carregado. É melhor suportar do que ser suportado.

 

Eu nunca soubera perdoar. Nunca perdoara o meu filho por se drogar. Para mim, ele tinha negado a minha excelente educação. Nunca perdoara a minha mulher por me ter abandonado. Para mim, ela tinha abandonado um dos melhores homens do mundo. Nunca perdoara o meu pai por se ter matado. Para mim, ele tinha cometido o maior crime ao ter-me deixado quando era pequeno. Nunca perdoara os meus colegas professores que me traíram quando tinham prometido o seu apoio no departamento. Considerava-os um bando de cobardes dominados pela inveja.

 

(…) os irresponsáveis são mais felizes que os responsáveis. O problema é que os irresponsáveis dependem dos responsáveis para serem carregados.

 

A discriminação demora horas a ser construída, mas séculos para ser destruída.

 

Parem com a necessidade neurótica de mudar os outros. Ninguém muda ninguém. Quem cobra mais dos outros do que de si mesmo está apto para trabalhar numa financeira, mas não com os seres humanos.

 

Só então comecei a entender que viver bem se deve mais à arte de saber perder do que de saber ganhar.

 

Esperar muito dos outros é um barco furado.

 

(…) o risco do sucesso é ser uma máquina de actividades…

 

Não sabiam sequer dar um ombro para chorar, disfarçavam os seus sentimentos.

 

As loucuras só podem ser tratadas, quando abandonam os seus disfarces…

O meu castelo de cartas começava a desmoronar-se.

 

Não te escolhi por causa dos teus erros ou acertos. Mas por seres quem és, por causa do teu coração. Não o coração físico, mas o psíquico.

 

(…) se andarmos pelos caminhos que outros já percorreram, chegaremos no máximo aos lugares que eles atingiram.

 

Quanto mais a sua fama crescia, maiores eram as suas dificuldades.

 

Os meus amigos apertavam os braços uns dos outros, querendo ser acordados de um sono que nunca queriam ter dormido.

 

O meu corpo desfaleceu. Chorava inconsolavelmente. Perdi tudo o que tinha. Não tinha ar para respirar, solo para caminhar e razão para viver.

 

Enclausurei-me no meu mundo.

 

(…) comecei a entender que todos nós, por mais sucesso que tenhamos, perdemos. Ninguém voa para sempre num céu de brigadeiro, ninguém navega eternamente numa lagoa plácida. Uns perdem mais, outros menos, uns sofrem perdas evitáveis, outros inevitáveis. Uns perdem no teatro social, outros no teatro psíquico. E se alguém conseguir passar ileso pela vida, uma coisa perderá: a juventude.

 

Contudo ao ouvir a voz do alicerce, todas as partes o condenaram veementemente. O cofre foi o primeiro. Saturado de orgulho, disse: “Tu envergonhas-nos, pois és a parte mais suja desta casa.” O tecto embriagado de soberba, desprezou-o dizendo: “Nunca ninguém que entrou nesta casa perguntou sobre o alicerce. Tu não mereces destaque.” As obras de arte declararam arrogantemente: “Tu és indigno de reivindicar o teu valor, assume a tua posição inferior.” A mobília foi taxativa: “Tu és insignificante. Olha para onde estás localizado.” E assim o alicerce foi rejeitado pelas demais estruturas dessa casa. Humilhado, rechaçado e sem espaço para continuar a fazer parte daquela construção, resolveu deixá-la. Qual foi o resultado? (…) A casa desabou! (…) Sim, a casa desmoronou-se. A minha casa, que representa a minha personalidade, desmoronou-se porque desprezei o meu alicerce. Quando desabou, eu zanguei-me com Deus. Gritei: “Quem és tu, que te silencias diante do meu caos? Não intervéns porque não existes? Ou existes e não te importas com a humanidade?”. Zanguei-me com os psiquiatras e psicólogos. Zanguei-me com as teorias psicológicas e com os medicamentos. Zanguei-me com os meus bens. Zanguei-me com o tempo. Enfim, com tudo e com todos. Mas quando o alicerce se manifestou, fui iluminado, tive uma grande revelação, compreendi que estava completamente errado. Antes de tudo, tinha-me zangado com o meu alicerce. Tinha atirado ao lixo os meus principais valores, as minhas prioridades. (…) Mas traí e neguei os meus alicerces. Pus o amor dos meus filhos e da minha mulher debaixo do tapete das minhas actividades e preocupações. Dei-lhes tudo, mas esqueci-me de dar o que, para mim, era um pormenor, mas para eles era fundamental: a mim mesmo. Os meus amigos ficaram em terceiro plano, os meus sonhos em último. Como é possível ser um bom pai, um bom amante e um bom amigo, se as pessoas que amamos estão fora da nossa agenda? Só um hipócrita acreditaria nisto. Fui um hipócrita, um notável hipócrita que muitos admiravam e em quem se espelhavam. (…) Depois de ter consciência que tinha traído os meus alicerces, precisava de encontrar os fundamentos da minha personalidade. Foi então que saí do hospital sozinho e me isolei por um longo período para me procurar a mim mesmo. Foi uma longa trajectória. Perdi-me muitas vezes durante o percurso. Após esse tempo, saí do meu casulo e tornei-me numa pequena andorinha que plana sobre as ruas e avenidas, estimulando as pessoas a procurarem o seu próprio ser…

 

Fomos contagiados por um vendedor de ideias que nos ensinou a não negar o que somos. Antes deste contágio, éramos todos “normais”, estávamos todos doentes. Queríamos de alguma forma ser deuses, sem saber que ser deus é andar sobrecarregado, tenso, pesado, com o compromisso neurótico de ser perfeito, de se preocupar com a imagem social, de dar importância vital à opinião alheia, de se cobrar, punir-se, exigir. Perdemos a leveza do ser. Parecíamos mortos-vivos engessados pelos nossos pensamentos estreitos. Fomos educados para trabalhar, crescer, progredir e, infelizmente, também para ser especialistas em trair a nossa essência no diminuto parêntese do tempo em que existimos. Em que fábrica de loucura vivemos?

 

A vida é muito longa para se errar, mas assombrosamente curta para se viver. A consciência da brevidade da vida perturba a vaidade dos meus neurónios e faz-me ver que sou um caminhante que cintila nas curvas da existência e se dissipa aos primeiros raios do tempo. Neste breve intervalo entre cintilar e dissipar, ando à procura de quem sou. Procurei-me em muitos sítios, mas encontrei-me num lugar anónimo, no único lugar onde as vaias e os aplausos são a mesma coisa, o único sítio onde ninguém pode entrar sem permitirmos, nem nós mesmos.

 

O passado é o meu algoz, não me permite o regresso, mas o presente levanta generosamente o meu semblante descaído e faz-me ver que não posso mudar o que fui, mas posso construir o que serei. Podem chamar-me louco, psicótico, maluco, não importa. O que importa é que, como todo o mortal, um dia irei terminar o espectáculo da existência no pequeno palco de um túmulo, diante de uma plateia em lágrimas.

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