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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Menino e o Lobo

Hoje, quando regressava para casa, lembrei-me da história que me contaste da última vez que voltaste para mim. Na altura em que estavas a lutar para recuperar a minha confiança de novo. Na altura em que ainda te fazias presente, e o mínimo eu ainda tinha vindo da tua parte. 

- Conheces a história do menino e do lobo? - questionaste via SMS. 
- Não. - respondi. 
- Era uma vez, um menino que era pastor, e guardava algumas vezes as ovelhas do pai. Um dia cansado de apanhar seca, decidiu gritar: "Um lobo, um lobo, socorro", a população aflita, correu em direcção ao lameiro. Quando chegaram lá, o menino riu e disse que estava a brincar. Fez isso algumas vezes, e a população em todas elas acreditou. Até que houve um dia, em que um lobo realmente apareceu e o menino voltou a gritar: "Um lobo, um lobo, socorro", mas dessa vez ninguém mais acreditou e o lobo atacou as ovelhas... 
- O que é que tu queres dizer com isto? - questionei, sem perceber bem, aonde querias chegar com esta fábula, que eu sinceramente, não conhecia. 
- A mural desta história, é que ninguém acredita num mentiroso, nem mesmo quando ele está a falar a verdade. E, desta vez, eu estou a dizer a verdade. Eu arrependi-me mesmo e quero mesmo muito ficar contigo! Porque eu amo-te. - afirmaste via SMS. 

Mesmo sem querer, dei-te mais uma prova de amor, quando decidi dar-te uma quarta chance. Sim, uma prova de amor. Eu arrisquei-me, ao perdoar-te e ao voltar a falar contigo, a sofrer ainda mais. O que mais tarde se veio a comprovar. Infelizmente, usaste desta história, para me voltares a enganar. Para me iludires. Para me manobrares e dares-me a volta de novo. Juro que nunca percebi a tua intenção em fazer-me isto. O que ganhas com isto? O que ganhavas em pegar em mim e jogar-me para um canto quando já não te fazia falta? 
Acho de certa maneira irónico, o facto de não admitires - nem de não gostares - que brinquem com os teus sentimentos, que te usem e que te mintam. Mas que moral tens tu para pedir isso aos outros, se tu fazes exatamente o mesmo? E não o fizeste apenas uma vez. Fizeste-o ao longo de cinco anos. Brincaste com uma vida, com uma alma, com um coração. Usaste. Manipulaste. Trapaceaste. Iludiste. Mentiste. Ainda te achas no direito de pedir que não te façam o mesmo? Ainda achas que tens razão em amuar se te fazem o mesmo? Deixa-me que te diga, que apesar de querer a tua felicidade, toda a gente tem que pagar pelos erros que comete, e brincar com sentimentos, é um dos erros mais graves. Aliás, isso nem deve ser considerado como um erro, deve considerar-se uma escolha. São as pessoas que escolhem entre mentir e dizer a verdade, entre amar ou fingirem que amam, entre ser sinceras ou optarem por iludir os outros só porque nos faz mais jeito!  

Ainda gosto de ti, mas cada vez mais, vou percebendo que tu tens muita lábia, e que não olhas a meios para atingir os fins. Esta história que me contaste, na altura, mexeu muito comigo. Eu acreditei que estavas a dizer a verdade, e que nunca mais irias embora... e olha para nós hoje. Onde estás tu mesmo? Ah pois... 


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