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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Partilhando memórias

Hoje, vendo alguns dos textos que tenho perdidos pelo meu computador, encontrei um texto, que te escrevi faz hoje exatamente um ano. Esse texto, ainda hoje faz o mesmo sentido, ainda hoje transcreve as mesmas emoções e os mesmos sentimentos. Nada que admire! Afinal são cinco anos disto!

Passo a transcrever: 

"Eu nunca me senti assim. Eu sinto a tua falta. Eu não queria, mas todos os dias, eu me lembro de ti. É como se só me sentisse bem, a pensar em ti. Porque quando penso em ti, eu sinto-me mais perto. Estou tão cansado. Eu não quero sentir falta, eu não quero sentir saudade, mas, eu não consigo evitar. Sabes, quando eu me deito, no final de cada dia, eu sinto um buraco tão fundo dentro do meu coração, um vazio tão grande quando eu dou por mim, a pensar: mais um dia se passou sem ti. Sabes, eu estou farto de sofrer. Estou tão cansado de todos estes sentimentos, de todas estas angustias, de ter todos estes medos. O que me deixa pior, é o facto de eu, achar que falta aqui alguma coisa, sabes? É como se fosse um puzzle, e faltasse a peça essencial para esclarecer todas as tuas duvidas, para tirar todos os teus tormentos. Dói tanto, passar pelos dias, e saber que não te lembraste de mim. Porquê? Porque se tu sentisses a minha falta, tu procuravas-me, vinhas ter comigo, e não é isso que acontece. Eu sinto-me sozinho, sabes? Todos os dias a mesma vida, todos os dias a mesma coisa, eu acordo a pensar em ti, deito-me a pensar em ti, durante o dia só me sinto bem se arranjar uma forma, uma maneira de pensar em ti. Porque é que isto me acontece? Porquê? Eu não consigo perceber. Eu nunca te fiz mal nenhum, para merecer este castigo, este sofrimento, esta angustia… eu gosto tanto de ti! A única verdade, a única coisa que eu não tenho duvidas, apesar de tudo – tudo! – é que eu gosto de ti.
De que adianta gostares de uma pessoa, que vive sem ti, que não te procura, que não sente a tua falta, que a única coisa que soube oferecer foi ingratidão? Do que adianta gostares de uma pessoa, amá-la com todo o teu coração, com toda a tua verdade, com todo o teu sentimento, se essa pessoa não dá valor, não quer saber?
Sabes, eu acho engraçado as pessoas falarem: “eu quero encontrar alguém que goste de mim, que me ame, que me faça feliz”, e às vezes, essa pessoa está mesmo ao nosso lado, e nós não vemos, ou não queremos ver, e, continuamos à procura da pessoa, e nem pensamos que essa pessoa já esteve ao nosso lado. Porque é isso que acontece muitas vezes…
Sabes, há dias em que eu ouço uma voz, que me diz que vai ficar tudo bem, que tu vais voltar para mim, que vamos ficar juntos, e há outros dias em que, as dúvidas elas sobressaltam-me, em que eu já não tenho certeza de nada, em que eu vejo o tempo passar, e isto assusta-me. O tempo passa,  a minha vida não muda, e isto assusta-me. Dá-me medo. Porque eu tenho medo de passar o resto da minha vida, como eu tenho passado os últimos anos. Eu não quero isso para mim. Só que eu também não posso ir contra aquilo que sinto, porque se há coisa que tu nunca vais vencer, são os teus sentimentos. Tu não esqueces uma pessoa porque queres, a tua vontade pode contar, mas são as circunstancias da vida, o facto de entrar ou não outra pessoa, o facto de aquela vozinha que te segue, que te prende, ela dizer “não”, afinal não… e tu segues… mas nunca, nunca esqueces!
Tenho a cabeça sobressaltada de dúvidas, o coração pesado de sentimentos. É como se eu tivesse a gritar para todo o mundo ouvir e ninguém se interessasse. É como se eu quisesse, seguir um caminho, encontrar uma direcção, e o GPS da minha vida, estivesse todo trocado. E cada vez que eu entro num novo caminho, eu vou bater sempre ao mesmo destino. Sabes, isto dói… Isto dói porque, quando nós amamos uma pessoa, e essa pessoa se vai embora, nos deixa, é como se o mundo não interessasse, como se o mundo não fizesse sentido, é como se tu tivesses perdido tudo aquilo que tu és, tudo aquilo em que acreditas, tudo aquilo que sonhaste, tudo aquilo que imaginaste para a tua vida. Tu perdes tudo. Tu não perdes só a pessoa que gostas, tu perdes tudo aquilo que tu eras. Percebes? É injusto mas é verdade. Tu perdes a tua vida, tu tens que começar um novo eu. E como é que tu começas uma nova pessoa, quando sentes que falta, alguma peça do puzzle, para tu veres era isto que faltava, e agora sim eu posso seguir em frente. Porque uma pessoa não pode seguir em frente, estando rodeada de duvidas, de incertezas, de inseguranças, de medos. Porque todos estes sentimentos aprisionam-te. Impedem-te de caminhar… de continuar. E deixa-me revoltado, as pessoas são cínicas, falsas e mesquinhas ao ponto de só olharem para o umbigo delas, não querer nem saber de uma pessoa que quer gritar o mais que pode aquilo que está a passar, do que está a sofrer, as pessoas não querem saber… não se importam.
Eu sou forte, eu aguento tudo, mas há um dia em que tu sentes falta de mimo, sabes de alguém que te abrace, alguém que diga que te ama, mas aquele amo-te que tu queres ouvir, sabes, aquele amo-te que vai mudar o teu mundo, o teu dia… que vai trocar as tuas lágrimas por um sorriso mais que verdadeiro, mais que puro, mais que genuíno… E isso só uma pessoa o pode fazer. Por muito amigos que tu tenhas, que te rodeiem, que te dêem amizade, e te façam feliz, que te façam querer ver sorrir… tu estás sempre à espera que seja aquela pessoa, porque só o olá daquela pessoa vai transformar o teu mundo, já vai transformar o teu dia…
Se calhar sou eu que estou errado. Sou eu que amo de maneira errada, mas… mas amo. Mas sinto… bolas! E é isso que me interessa. Só que este amor, este amor alimenta-se de coisas erradas. De recordações. Recordações que eu nem sei se alguma vez foram verdade, porque eu agora olho para trás e parece que tudo o que eu vivi foi mentira. Tudo o que eu ouvi, tudo o que eu planeei, tudo o que eu sonhei para o meu futuro contigo, foi tudo mentira.
Sabes… às vezes dói olhar para trás e não ver nada. Sabes… é como se aquele tempo da tua vida, tivesse sido em vão… é como se não restasse nada. Daquilo que tu tanto acreditaste, daquilo que tu tanto viveste, sabes… que tu viveste intensamente, como se não houvesse amanhã, aquele sentimento que te faz alcançar o mundo, que te faz alcançar os sonhos…
Quando tu perdes a pessoa de quem tu gostas, tu também perdes a força. Aquele sentimento de: eu consigo, eu posso, eu vou ultrapassar tudo…
É tanta emoção, é tanta coisa junta, que não dá para suportar tudo. Por muito que tu queiras vencer… não dá. E por muito que tu ouças aquela voz que te diz, que vocês vão ficar juntos, que tudo vai acabar bem, tu fraquejas, porque é muito tempo à espera, porque são muitos dias, muitas horas, muitos minutos de solidão. E há aquele tempo em que tu fraquejas e deixas de acreditar. Olhas para ti, e pensas: “foste feito para ser infeliz, foste feito para as pessoas gozarem contigo, e brincarem com os teus sentimentos…”.
Porque uma pessoa que diz que te ama, que faria tudo por ti, que iria até ao fim do mundo por ti, que daria a vida por ti, que te diz que és a sua vida, e de um momento para o outro deixa de te falar, afasta-se, diz que não quer mais, isso é brincar com os teus sentimentos, porque te está a dar a ideia errada de uma coisa que não existe.
Eu quero tanto libertar-me disto. Só que eu não consigo olhar para o meu futuro e ver seja o que for. Eu olho para o meu futuro e não sei que vai ser feito da minha vida porque agora eu não consigo sonhar… Eu não tenho sonhos, eu não tenho nada. Eu sinto-me vazio. Sinto-me oco por dentro. É como se a única coisa que eu sentisse fosse a dor deste amor. É a dor da ausência. A dor da saudade. É o amor que sinto. Que quer ser vivenciado, que quer ser entregue, e não pode, tem que viver numa renúncia constante, porque é isto que eu sinto.
Já não me sinto bem a ouvir música, já não me sinto bem a ver televisão, já não me sinto bem a olhar para o horizonte, já não me sinto bem a caminhar, porque o meu pensamento está sempre em ti. Eu acordo e já estou a pensar. Porque é que tu pensas tanto numa pessoa que não gosta, não pode gostar de ti? Não há maneira. Tu até podes ouvir dizer “eu gosto de ti e eu vou ficar”, mas as acções provam o contrário, e tu ficas num abismo de dúvidas. É como se tu caísses num abismo, e as dúvidas começassem todas a subterrarem-te sabes? Sentes-te a sufocar… porque não há ali nada que faça sentido. Tu vives numa luta constante contigo. Porque não consegues encontrar a verdade. Ou porque se calhar já a encontraste e não a quiseste aceitar.
O amor exige muita coisa. E se calhar eu não estava preparado para isto. Eu que sempre vivi tão bem sozinho – apesar da carência – hoje eu não me imagino a segurar este peso todo. Será que algum dia eu vou ser capaz de encontrar o meu caminho? Algum dia eu vou acordar, respirar, fechar os olhos e não ver a tua imagem? Não sentir a brisa do vento e pensar que é um beijo. Não ir a um sitio bonito e pensar “como seria bom que estivesses aqui".

Ainda hoje TUDO continua tão bagunçado dentro de mim...


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