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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Era amor...

Eu admito que era amor. Se não fosse amor, o que seria afinal? Todas aquelas sensações e o medo de perder o outro, misturados com ciumes e decepções. Se não fosse amor, não deixaria essa enorme saudade, essa dor no peito, essa vontade de viver de novo, de fazer planos, esse enorme buraco que ficou no coração.

Devia ser amor, se fosse paixão acho que seria mais avassalador, como um enorme desejo, mas não era assim, era muito mais, era leve e calmo como a brisa de verão, tinha aquele sentimento de união, de compartilhar um com o outro, como se fossemos melhores amigos, existia aquele desejo de ver o outro feliz. Não era apenas uma dessas paixõezinhas que a única coisa que te dá vontade é abraçar e beijar a outra a cada minuto do teu dia, não era mesmo, sei que existia muito mais. Não sei como isso se perdeu de nós, era um sentimento tão bonito!
As pessoas dizem por ai que se for amor nunca acaba, se for paixão logo passa. Pura ilusão, tudo acaba um dia, mesmo que seja aos poucos. Eu sinto que está a passar, mas não sinto que vai acabar, é como se apenas a parte ruim fosse embora, levasse junto com ela  toda mágoa e ódio que senti durante um certo tempo, mas sinto que ainda resta em mim uma parte boa de nós os dois, aquela que me faz sorrir todas as vezes que me lembro de alguma coisa que passamos juntos. Só por que não durou muito tempo não significa que não foi amor, foi amor da nossa própria maneira, todo mundo tem direito a ter sua própria forma de amor.


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