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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Natal aproxima-se...

O Natal aproxima-se. Cada minuto que passa, e que gasto a escrever cada linha, é menos um para o último segundo. Até que por fim chega a noite tão conhecida e tão mágica. Talvez a noite mais bonita, mais alegre e mais mágica. A noite da consoada. A família à mesa, os sorrisos, a felicidade, a convivência, a alegria, e claro os típicos petiscos natalícios. As conversas simultâneas, que se vão tendo à mesa remetem para os variados assuntos, na maior parte, problemas do quotidiano e do ano que está também prestes a chegar ao fim. Estou sentado, observo cada gesto, cada olhar, cada palavra dita em silêncio. Olho para a árvore de Natal, recheada de presentes. Nem sinto, sequer uma mínima vontade de saber qual é a minha prenda. Não me interessa o que está por detrás do embrulho natalício, com pinheirinhos com neve e uns bonecos coloridos. Altura de reflectir, e de perceber (também já tenho idade para isso), que o Natal, não são só as prendas. Na verdade, o Natal (que desde miúdo, é a época do ano, que eu mais amo. Quando era catraio, adorava abrir as prendas, muitas vezes, durante a noite anterior, ia à socapa até à árvore, e fazia um buraquinho nas minhas prendas para as ver), é mais que prendas. Muito mais. Para mim é altura, de estar com a família, sonhar com uma prenda que nunca vou receber, imaginar-me num lugar diferente, talvez numa cidade longe desta, onde a neve seja o cenário, a lareira a aquecer a família, música animada e claro, antes de prendas, FELICIDADE. Porque é um bem cada vez mais escasso, mas ao mesmo tempo o mais procurado, e por vezes vai parar às mãos das pessoas erradas. Antes de querer prendas, uma simples lembrança, quero felicidade. Quero atenção, amor e carinho. Quero concretizar nem que seja o meu sonho mais pequeno. Quero ter coragem, força, empenho e dedicação, em tudo o que resolver fazer. Quero amar, a minha família e os meus amigos, dar-lhes o meu melhor, e receber claro está, o melhor deles também. Quero dar-me por inteiro ao que mais gosto: à escrita. Quero ver sorrisos, felicidade, alegria nos meus dias. Quero esquecer-te. Sim, esta seria a melhor prenda. Talvez a única, que me faça conseguir conquistar, as restantes. Natal, época da esperança e eu, perdi-a, durante todo este ano, fui abaixo inúmeras vezes, deixei-me levar pelo fracasso, pelas sucessões de azar, e sobretudo pela solidão que se entranhou nos meus dias, e pelo medo que me congelou o sangue. Natal época de alegria, talvez sem me dar conta, a cada dia que passa a esteja a recuperar, depois do que se sucedeu à uns meses atrás. Foste a minha maior miragem, e a minha maior queda. Viajei tão alto, que nem me apercebi, que a altura era tanta, e que não havia forma de descer, não havia escanda. Caí. Estatelei-me todo no chão. Sangrei. Sofri. E chorei muito. Sozinho, tudo sozinho. Não me queixei a ninguém. Sofri sozinho tudo o que tinha para sofrer. Talvez me tenha fechado. Talvez não seja a mesma pessoa de à uns tempos atrás, mas as pessoas mudam, e eu mudei. Cresci e evoluí enquanto ser Humano. Mas quero mais, muito mais. E no embrulho, que está debaixo da minha árvore, é demasiado pequeno para tudo o que quero. Prendas? Não as quero. Quero apenas paz. Ser feliz. E que pelo menos uma vez na vida, a sorte bata à minha porta, e deixe de ser um excluído e passe a ser mais que um mero alguém, de quem ninguém se lembra, nem para dizer "Bom dia": Natal, época de analisar, de projectar, e de prosseguir, porque as pessoas mudam, as coisas dão errado, merda acontece, mas a vida continua, por vezes, sem esperança, sem amor, sem glória, sem final feliz.

1 comentário:

  1. Adorei este texto!! Parabéns, obrigada por escreveres algo tão lindo sobre o Natal!!

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