PÁGINA FACEBOOK

https://www.facebook.com/pages/Autor-da-Minha-Hist%C3%B3ria/352657488156512

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O faz-de-conta do amor

É inevitável quando nos apaixonamos por alguém não viver num constante faz-de-conta. Ora fantasiamos com o impossível, ora criamos ilusões numa tentativa desesperada de fugir à realidade, ora teimamos em acreditar que as coisas se tornarão diferentes com o passar do tempo. Mas o tempo passa, e nós vamos percebendo que nada ou muita pouca coisa muda. E o que muda, às vezes, nem era necessário mudar. Mas é assim o amor, um faz-de-conta implacável. Um misto de ilusão, miragem e teimosia em perseguir um ideal de amor que não é o mais certo na nossa vida.
Vivi num faz-de-conta durante quase seis anos. Um faz-de-conta que não te amo, um faz-de-conta que acredito nas mentiras, um faz-de-conta que perdoo mas não esqueço, um faz-de-conta que iríamos ser felizes para sempre, um faz-de-conta de que o mundo ia girar, e nos ia levar ao encontro de um final feliz. Um faz-de-conta de que me amavas mesmo com todas as desatenções e provas inequívocas de desamor. Um faz-de-conta de que apesar de andares com outras pessoas, era eu quem tu amavas com todo o teu coração e de verdade. Um faz-de-conta perfeito mas literalmente fora da realidade.
Não me culpo por viver num faz-de-conta. Os sentimentos são o nosso motor. São eles que nos guiam pelas indecifráveis estradas das emoções.
Posso ter vivido neste faz-de-conta mas ao menos no meio de toda esta encenação, a única verdade, foi a de que pelo menos eu te amei. Amei e gostei de amar. E quem alguma vez amou de verdade entende o que eu quero dizer com isto. É que amar, embora traga sofrimento, também trás consigo muitas descobertas, muitas emoções, muitos sentimentos bons. Faz-nos sentir leves, saber ser feliz com um único sorriso, uma única palavra, um único gesto de carinho. E isso é bom. É real. É assim.



Sem comentários:

Enviar um comentário