Queria que soubesses...

    É inevitável que me falem de ti. Principalmente, as pessoas a quem tanto falei de ti, a quem tanto te quis dar a conhecer. Ainda há poucos minutos ouvi falar de ti. Honestamente, gostava que ninguém me falasse de ti. Queria fazer de conta que nunca exististe na minha vida, embora, eu saiba que a tua presença no meu coração, é bastante presente todos os segundos de todos os dias que o tempo vai fazendo passar. 

   Hoje, estive a ver algumas mensagens que trocamos. Passo a transcrever algumas que me escreveste: "Eu amo-te, e um dia tu vais ver isso", "Eu amo-te e estou a dizer a verdade. Não estou contigo por interesse" , "Eu vou provar-te que te amo. Que és a minha vida, que te quero só a ti, e nunca vou desistir de ti" , "Pede-me tudo, menos para me afastar ou deixar de te falar, porque isso eu não vou fazer...". Hoje, o futuro que me prometeste é completamente diferente daquele que sou obrigado a enfrentar. Eu não te posso condenar, por não me amares. Mas posso condenar-te por me teres escrito estas coisas, para depois, do nada, as apagares como se nunca as tivesses prenunciado. Eu tenho vários e inúmeros motivos para não gostar de ti, mas vá-se lá saber porque, eu não te consigo esquecer, eu não consigo deixar de te amar. 

   É bonito ouvir as pessoas dizerem-me para seguir a vida, e sou-te honesto, a minha vontade é a de apagar tudo, esquecer tudo, seguir em frente sem olhar para trás. Tinha metido na cabeça que este verão ia esquecer, me ia divertir, mas a verdade é que nas horas vagas, tu vens ao meu pensamento. Tu apoderaste-te do meu pensamento, além do meu coração. Sou todo teu. Pertenço-te. E sou um vaso de cristal, que tu deixaste cair, e que está desfeito em pedaços. 

   Não te vou mentir. Já sofri muito, mas muito mais, anteriormente por ti. Agora, estou triste, sinto saudades, e continuo a sentir-me uma metade, - vivendo cada dia usando as minhas maiores forças, para acreditar que isto vai mudar, - mas já não dói tanto como dantes. Vai doendo, remoendo... é fácil, perceber as alturas em que penso em ti: barafusto e solto fogo para todos os lados. 

    Acho que o amor transforma as pessoas. Algumas dessas transformações dão-se para melhor, outras para pior, mas nunca somos as mesmas pessoas, depois que o amor passou por as nossas vidas.

   Eu fiz tanto por ti. Eu dei tanto de mim por ti. Tudo o que já escrevi ao longo destes anos todos, foi dirigido a ti. Escrito a pensar em ti. Escrito por amor a ti. Eu não quero condenar-te, nem toleraria que alguém o fizesse. Eu queria dar-te o mundo. Queria proteger-te. Queria acolher-te nos meus braços nas noites frias de Inverno. Queria conhecer o mundo contigo. Queria adormecer a olhar para o teu sorriso. Queria dormir abraçado ao meu único mundo. Queria impedir que a vida te pregasse rasteiras. Queria realizar contigo todos os teus sonhos. Queria dar-te tudo de mim. Pode, e é, ridículo esperar por ti. Mas o amor, não tem controlo. Ele comanda-nos. 

  Será que do outro lado deste horizonte, desta lua que hoje observo, tu pensas em mim, por um segundo que seja? Será que tudo o que eu te fiz, foi assim tão insignificante e desvalorizando como queres fazer parecer? Será que apesar de tudo o que eu já passei por ti, fiz por ti, eu não mereço uma única oportunidade de te mostrar tudo isto? Não tenho esse direito? 

  Queria que soubesses da existência deste Blogue. Ele é teu. Só tu compreenderás tudo o que aqui escrevo. 

  Sinto a tua falta. Amo-te. 

  Até amanhã,

  meu amor.