"Às
vezes nem eu me entendo, porque uma hora eu amo-te outra hora odeio-te, sabes
porque isto? Porque há horas em que tu me surpreendes e há horas que tu me
decepcionas, eu já não sei o que fazer com esse amor, ele está a acabar comigo,
está a destruir-me demais […]". Li esta frase há algum tempo atrás.
Ela define muito o meu estado de espírito nos últimos anos.
Isto acontece, porque um dia, só encontro
motivos para te amar, como há outros em que só encontro motivos reais para te
odiar.
Hoje acredito que só vive mentiras e enganos
contigo. Que nada foi real. Que nada foi verdade. O tudo afinal foi nada. Hoje
não encontro motivos para gostar de ti. Sabes do meu pequeno incidente e nem te
dignaste a enviar-me uma mensagem a perguntar se já estava melhor. Era o mínimo
que podias fazer por mim, mas nem o mínimo posso esperar de ti. Estás ausente
da minha vida. Desvalorizaste todos os meus actos e sentimentos por ti. Fizeste-me
sentir um lixo. Fizeste-me viver de arrastos. Fizeste com que eu me
transformasse. Além de que, me mentiste com as tuas juras, promessas e
arrependimentos. E, mesmo com tudo isto, eu não consigo deixar de gostar de ti.
Porque te amo? Alguém que me responda, por favor. Gostava de entender, como é
possível eu gostar de alguém como tu! Eu juro que não quero julgar-te. Não
quero o teu mal.
“Amor é tu teres todos os motivos para
desistir, e mesmo assim não desistes!”, será que esta frase define o meu
sentimento? Não sei se ainda não desisti. Estou num ponto da minha vida que por
muito que me esforce é como se nada fizesse sentido, ando aqui por andar,
respiro porque é um acto que nasce já connosco. É difícil viver assim. Viver
todos os dias, uns a seguir aos outros, a usar o maior sorriso cínico, um conformismo
quase forçado, e uma felicidade que não existe. Além de que tudo isso, exige
que se use também, as minhas maiores forças. Vivo a usar as minhas forças, e
por isso, sei que sou forte. Que aguento. Mas há momento, como este em que te
escrevo, que as forças se vão. As poucas horas de sono, ajudam-me a recuperar.
É como se as minhas forças fossem pilhas recarregáveis. Ficam de noite a
carregar, para serem gastas desde a hora em que o dia começa até ao momento em
que acaba, sendo que pelo meio, há minutos, em que elas se enfraquecem.
Sinto-me mal, porque eu sei, que há pessoas
em situações muito piores que a minha, e talvez, por isso até possa parecer
egoísta e estúpido, mas desculpa, acho que a dor do amor, é a que mais dói. Não
há medicamento que a abrande. Não há nada para a dor, para a saudade, para a
incógnita, para a ilusão, para a decepção! E, se existisse, tenho a certeza,
que esgotaria em breves instantes. Está difícil, encontrar alguém que saiba
amar, e não apenas falar. Está cada vez mais dificl, encontrar uma pessoa
completamente pura. Cada vez se vê mais falsidade, cinismo. Acho que brincar
com os sentimentos das pessoas, é um jogo que interessa a muitas pessoas. Eu
não sei ser assim. Eu não sei ser esse tipo de pessoa. E por muito, que até desejasse
ser mau, jamais me imaginaria a fazer mal a alguém, muito menos,
propositadamente.
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