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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Até a Esperança me Deixou...



O olhar focaliza as paredes do quarto, paredes essas, distorcidas pelas lágrimas que teimam em escorrer pela cara. Aprendi da forma mais dura, impiedosa e avassaladora que lutar nem sempre significa vencer. Dar o melhor de si nem sempre significa ter reconhecimento. Apoiar e aconselhar nem sempre significa que nos deem valor. E amar, bem amar, nem sempre significa ser feliz. Amor tem muito mais a ver com dor do que propriamente com felicidade. Como dizia a música dos Aramac: “O amor dá-nos mais dor, que prazer.”. Hoje não existe o “para sempre”, e até mesmo os casais mais apaixonados sabem disso, tanto assim o é que todos os dias sentem medo de perder, medo de que num segundo tudo se transforme e desmorone. Mas de que serve o medo de perder, se no final é mesmo isso que acaba por acontecer? De que serve as palavras mais sinceras, profundas e verdadeiras que dirijas a alguém que ames muito, se no coração dessa pessoa essas palavras de nada valem? De que adianta dares, fazeres, desperdiçares tempo da tua vida por uma pessoa que ames, se essa mesma pessoa não reconhece o teu esforço, o teu empenho para permaneceres ao lado dela? É nisto que tenho estado a pensar. Nestas questões, e chego à conclusão de que por muito que tenha feito, por muito que me tenha esforçado, por muito ter-me empenhado em ser o melhor para ti, isso não te fez dar-me valor. Isso não te fez gostar de mim. Isso não te fez querer ficar ao meu lado. E assim se passaram cinco anos. E pior, o pior de tudo isto, nem é não ter esse reconhecimento, ou esse valor da tua parte, nem mesmo estar sem ti, o pior de tudo isto é que o meu peito continua a contrair-se, o meu coração a ficar cada vez mais pequenino, a cabeça a doer de tanto chorar, o coração doer de tanta revolta e tristeza, o peito acelerado de tanto sofrimento, e o vazio faz-se notar todos os dias com toda a força, e isso derruba-me, atira-me ao chão. É impossível ser forte todos os dias. Há um minuto em que vais ter sempre que te render, atirar a toalha ao chão, e chorar… chorar até acalmares, até a cabeça te doer, e até os teus olhos se fecharem no frio da dor, e no vazio da solidão. Os meus olhos fecham-se assim, e agora, nem a escrita me alivia, me preenche, me consola, porque até a esperança que é a última a morrer, até ela me deixou… 


1 comentário:

  1. Na breve linha ténue da vida e num instante ao qual chamei renascer...vi-te passar por mim e no segundo em que te cruzas-te, naquele pequeno segundo eu vi que já não era para ti aquilo que para sempre serás para mim... e ai vi, todos os segundos que tenho vivido preso ao passado, todos os segundos em que por falta de coragem me esqueci de viver, sobrevivendo apenas preso a dor que o passado me trouxe, ou as lembranças de outrora, que o gosto já não sei decifrar... e nesse passado deixei o meu presente preso sem possibilidade que um futuro viesse, porque em todos os segundo apenas me revi no momento em que te perdi...

    Hoje passado esse instante ao qual para sempre chamarei renascer, vi que na vida nem sempre o que desejamos podemos ter, mas que jamais direi que sofri, pois a dor que senti jamais será igualável a todos os segundos em que o teu sorriso me iluminou e me fez naquele instante ser apenas eu e tu neste universo...
    ...deixa a linha ténue da vida entrar, e lembra-te que do passado apenas ficam as lembranças... delas tiramos apenas saudades e por vezes sorrisos... mas não vivamos presos a estas...porque a vida anda, enquanto nós apenas paramos nas eternas magoas das lembranças...

    Não te conto a minha historia, nem me revejo na tua, apenas sinto nas tuas palavras a dor de alguém um dia amou... essa dor prendeu-me ao teu texto...

    Alguém, apenas alguém..



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