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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Ainda e Sempre Tu!



Será um erro dizer que já não te amo? Será que quando digo que ainda me és alguma coisa estou a ser totalmente sincero? Não sei as respostas. Acredito, porque entendo muito bem a grandeza do meu amor por ti, que por mais que o sentimento um dia acabe, jamais vou conseguir esquecer a tua presença na minha vida. Não foste uma pessoa qualquer. E aí reside o problema. Foste uma pessoa que entrou e saiu da minha vida, mas que a alterou e modificou completamente. A minha vida perdeu o rumo, eu perdi-me de mim mesmo, e já nem te consigo encontrar, quando olho para ti. É tão estranho. É estranho quando olho para ti, e nem encontro uma réstia daquilo que um dia foste, é como se existisse o corpo, mas o interior tivesse-se evaporado no meio na neblina existente nas tempestades por que passei. Ainda consigo imaginar as minhas mãos e percorrerem as feições perfeitas do teu rosto angelical, ainda me consigo lembrar dos teus olhos cheios de encantos e labirintos, do brilho deles, que me faziam pensar que estava enfeitiçado pela estrela que brilha lá no alto, a mesma estrela que me tem acompanhado nestas noites vãs e solitárias. Depois de tudo o que este amor fez comigo, mesmo que ele tenha feito muita coisa errada, foi um amor que me fez muitíssimo feliz, o primeiro amor que julguei ser concretizável. Desde criança que tenho queda para romances platónicos e proibidos, mas o que senti por ti, era (e ainda é, não sei) mais que amor. Eu quis sempre proteger-te, quis sempre defender-te, quis sempre amparar-te as quedas, abrir-te os olhos aos caminhos que podias ter à tua frente, às várias hipóteses que se tem, quis dar-te o mundo, e acabei por perder, o pouco do mundo que fui construindo antes de ti. Ainda não encontrei os ganhos desta história, mas sei que os há. Ainda devem andar para aí perdidos num dos teus imensos labirintos, mas ansiosos, por me encontrar, e fazer-me ver que é verdade, atrás da tempestade há sempre a esperança de fins melhores...
Pode suar-te a ridículo o que te vou dizer, mas às vezes penso, que estou a pagar bem caro, pela felicidade que um dia me proporcionaste. É como se eu não merecesse ter sido feliz contigo, e agora esteja a pagar em dose dupla toda aquela felicidade. Não te vou mentir, já passaram dois anos, e o sofrimento esse não existe, mas a saudade cresce a cada dia, mesmo eu sabendo que a pessoa que amei (ou amo) já nem sequer existe dentro desse corpo que vagueia pelas mesmas ruas de sempre, as mesmas ruas, que um dia nos guiaram à felicidade. Será possível que tu não te recordes, nem por um segundo de mim? Não signifiquei nada? Não te mostrei nada? Não te ensinei nada? As nossas conversas e todos os meus medos, ciúmes e cenas de rebaixamento não te fizeram entender a grandeza dos meus sentimentos? Eu não te mostrei, nem por um segundo, o motivo pelo qual o meu coração batia e as pernas tremiam? Nunca, em tempo algum, quando te conheci, julguei apaixonar-me desta forma. Aconteceu tudo tão de repente, que nem sei bem como aconteceu. Quando dei por mim, já me fazias falta a toda a hora, uns minutos depois de ter estado contigo, só queria voltar para junto de ti, só te queria amar a todo instante e dar-te provas do meu amor todos os dias da minha vida.
Também te pode parecer um exagero quando te digo que quando finalmente tive a coragem e a capacidade de aceitar o teu “adeus”, o meu corpo desfaleceu. Que chorei inconsolavelmente várias noites e dias. Que perdi tudo o que tinha. Sentia-me como se não tivesse ar para respirar, solo para caminhar e razão para viver. E depois disso, incapaz de me mover, e tolhido pelo vazio e pela incapacidade de fazer fosse o que fosse por mim, enclausurei-me no meu mundo. Bati com a porta a mim mesmo, por ser incapaz de te dar com ela na cara, como me deste com a tua infindáveis vezes… Tudo o que vivi até agora, foi uma longa trajectória, e acredita, perdi-me muitas vezes durante o percurso. O meu castelo de cartas começava a desmoronar-se, cada vez, que a saudade me corroía por dentro e me levava para os lençóis da cama, que produziam o único calor que me abrigava nas noites gélidas do Inverno.
Nunca foste capaz de entender a real grandeza de todos estes sentimentos que vivem escondidos dentro de mim há anos! Nunca soubeste ler o meu olhar, nunca percebeste a maneira nervosa com que ficava quando te aproximavas… Nunca soubeste abrir os olhos para veres o que estava à tua frente, ou se viste, preferiste pular para outro caminho. Pior de tudo, não é ter-me apaixonado e sentir-me como se tivesse cometido um crime, o pior mesmo, é andar num circulo à anos, sem qualquer intenção de o abandonar. É fácil olhar para o futuro e imaginá-lo, mas o difícil é libertar-nos das correntes que ainda nos prendem ao passado. Talvez não esteja a conseguir prosseguir com a vida avante, porque talvez a nossa história não esteja tão bem resolvida, como queres fazer parecer. Pelo menos da minha parte não está. Porque sinto que ainda há muito por dizer, muito para mostrar, muito para te confessar. Sei que o meu amor provavelmente não muda nada, mas as minhas verdades e todo o sofrimento pelo que passei e a saudade inimaginável que ainda hoje me acompanha, farão com que vejas que realmente pisas-te na bola comigo. Eu não merecia nada do que me fizeste. A minha única intenção sempre foi ver-te (fazer-te) feliz, e tu em troca, ofereces-me este sofrimento. Não é justo. E talvez por isto eu tenha mudado, tenha ficado diferente. Revoltado. Decepcionado. Desiludido. Triste. Solitário. Mas apesar de tudo, tornei-me num caminhante sem destino e sei que, o passado já lá vai, que a viagem continua, sem direcção, sem agenda, a viver cada dia sem pressa, sem mapa, como o vento que sopra e ninguém sabe de onde vem, nem para onde vai…


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