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terça-feira, 19 de março de 2013

Como uma Nuvem



Os dias têm passado, não considero, com a mesma velocidade de outras épocas, mas têm passado rápido. O verão por fim chegou, e a aldeia, vai acolhendo os emigrantes. Os almoços já se servem no terraço, e as tardes já se desenrolam perante o cenário que o terraço nos permite alcançar. Não tenho pensando em ti, com a mesma intensidade de antes. Às vezes, acredito que já não te amo. Ou quero acreditar. Já passaram quatro anos, estações de inverno e verão, já passaram dias de chuva, sol, encobertos, de neve. O tempo passou! É engraçado, tenho-me deparado com esta realidade. O tempo passou, e eu, vim parar a este presente de arrasto. Sinto-me uma nuvem, a deixar-se arrastar pelo vento. Acredito que o que tiver que ser, vai ser. Pouco ou nada consigo fazer mais. Às vezes, só resta aceitar, o que nos acontece. Há coisas que não estão sobre o nosso controlo. Os sentimentos, por exemplo. Não sei nada de ti. Há uns quatro meses atrás, voltaste para a minha vida, depois de nove meses de ausência, e engraçado, é assim que estou de novo há um mês e meio: a conviver diariamente com a tua ausência. Sem um adeus. Sem uma explicação. Sem uma razão ou motivo. Sem nada. Decidi continuar a ser a nuvem, que o vento arrasta. Se é Deus que escreve o nosso destino, certamente se vivo nesta situação, é porque ele um dia irá de novo mudar a minha vida. Mas às vezes, perco completamente as esperanças e os poucos sonhos que ainda me restam. É duro passar cada dia, a sentir-se uma metade. Só que a dor já penetrou o meu sistema de tal forma que já estou habituado a ela, e isso, faz com que quase não doa. Na verdade não dói, mas no final de cada dia, as coisas complicam-se e a solidão bate de novo na porta. Nem mesmo a família, as saídas, os amigos, conseguem alterar toda a solidão que povoa no meu peito. Contigo é discussão, sem ti é o que se vê. Uma pessoa nunca sabe como o dia vai terminar, por muitas certezas, que possamos ter. Ás vezes a vida muda nos breves segundos. Não tenho chorado, há já algum tempo. Mas sinto-me pesado. E talvez tudo isto, se resuma ao facto de eu amar-te, mas sentir que não o devo continuar a fazer. De que adiantou este amor? Só me fez mal. Só me magoou. Só causou danos na minha vida.
Eu não quero viver do passado. Ando pelo presente, como um espectador que assiste a uma novela na TV. Deixo-me arrastar, para onde o vento me quiser levar. Afinal, é Deus que escreve a nossa vida, não é? Se ele escreveu isto na minha vida, e se ele colocou nessa mesma escrita todos os sentimentos, com certeza ele também a mudará… isto é, se existir. Não tenho certezas de nada. Sinto-me um caco. Sinto-me uma pessoa vazia por dentro. Sem esperar nada da vida. Perdi os meus sonhos, tudo que imaginei, não se concretizou. Que poderei eu fazer mais, se não, sorrir e esperar que um dia isto tudo mude e tudo acabe? É que a nossa vontade nem sempre tece a sua concretização. Os sentimentos e as emoções são sempre mais fortes… sempre! E a alternativa que resta? É esperar! 


2 comentários:

  1. Tenho sido uma leitora assidua do teu blog, por vezes enquanto o leio dou pro mim a sentir a dor que sentes...porque já a senti...porque a sinto...um dia o sol brilhara e deixaremos de apenas ver nuvens...
    se te sentires interessado tambem tenho um blog em que exprimo a revolta que por vezes tenho, dá uma vista de olhos... www.hydra.criarumblog.com
    Parabens pela escrita fantastica que tens

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  2. gostei do blog.. :)
    Parabéns e continua :D
    e obrigado por me leres e partilhares a tua opinião , obrigado mesmo :)

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