Para ser sincero ainda não sei porque escrevo
neste blogue. Sinto uma vontade descontrolada de partilhar com todo o mundo uma
história que há 2000 dias me tira o sono, a vontade de sorrir – não de viver!
–, que me atira para um poço de injustiças e de angústias. Não é mais um
diário, onde todas as páginas revelem paixão, ou amor, é uma história em
várias histórias que pode ser a sua história. Uma história que contada dava
um filme e narrada dava um belo livro.
Este
diário quando for impresso terá com certeza o rótulo de romance, mas na verdade
todas as histórias são um romance. Um romance que pode ter um final feliz e que
pode ser para sempre. Já vivi por amor, e já vivi por amizade. São duas formas
distintas de viver o amor. Porque como disse há algum tempo atrás: amizade
também é amor. Este diário serve de alerta para todas as histórias entre
pessoas diferentes: no sexo, na idade, na mentalidade, na forma de ser, agir e
pensar. Nem sempre as histórias entre pessoas desiguais podem chegar a bom porto.
Raramente acontece. Esta história de amizade e amor, que este diário contará, é
uma história verídica, e é uma história diferente. Ao longo de todas as páginas
perceberão porque digo que é uma história diferente.
Um dia
quis acreditar que as diferenças não atrapalham em nada, mas a verdade é que
prejudicam bastante uma relação. Nunca pensei é que o amor também fosse capaz
de fazer estragos na vida de alguém, nunca julguei ser possível sofrer tanto
por um amor.
Recordo
com saudade todos estes momentos. Saudade dos bons e maus momentos. Das
lágrimas e dos sorrisos. Das gargalhadas e dos abraços. Das discussões e das
reconciliações. Das palavras de carinho e de ternura. Das mãos dadas. Dos
olhares cúmplices. De tudo e de nada. Sei que ao ler as próximas páginas, vou
fazer uma pequena viagem pelo passado, e encontro por fim, uma maneira de
revelar o que o meu coração esconde, e o que os meus olhos teimam em querer
ver.
Agora o
porquê de escrever a nossa história? Simples. Vontade de partilhar e de reviver
o passado com milhares de pessoas. Vontade de rir e chorar, como se este diário
fosse o melhor filme do mundo, onde vejo frequências de cenas cómicas e
dramáticas. Vontade de gritar bem alto, o que fiz questão de calar só para mim.
Vontade de mostrar a toda a gente que nos conhece o que realmente se passou.
Vontade de te fazer chegar aos olhos, mas principalmente ao coração a minha
verdade, e a forma como foi vivida a nossa história no meu coração. Porque não
foi uma história qualquer. Não foste uma pessoa qualquer. Foste – ou ainda és –
o meu amor, a minha vida, mesmo que seja só dentro do meu coração. Vontade de
fazer ver que nunca é tarde para recomeçar, para mudar, para pedir perdão, para
voltar atrás, para um simples pedido de desculpas sincero, para uma verdade
esquecida no tempo ser dita… O amor também nos confunde por isso, há textos que
podem parecer trocados, mas estão escritos consoante a ordem cronológica.
Vou
transcrever para estas linhas o meu diário. O seguimento da nossa história e do
meu coração…
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