Eu quero mesmo esquecer-te. Tirar-te da minha cabeça.
Eliminar-te dos meus pensamentos. Superar tudo o que houve de negativo no meu
passado, e manter-me em paz comigo mesmo. Mas, apesar de não chorar, de não
estar na valeta como das outras vezes, continuo triste. Eu quero esquecer-te,
mas tu és a pessoa para quem eu canto, tu és a pessoa que está ao meu lado em
imaginação quando olho para a lua, tu és os meus pensamentos mais profundos,
mais intensos, mais tocantes.
Eu sei que não mereces nada disto. Afinal, tu nunca me
amaste, nem sequer gostaste de mim. Palavras e promessas que o vento levou.
Mas, a culpa também foi minha, devia ter recusado o teu regresso, devia ter-te
mantido longe de mim, mas foi uma acção incontrolável. No que diz respeito a
ti, eu perco o controle de tudo. Até da minha vida. Tu mudas-te tudo na minha
vida. Fizeste de mim, uma nova pessoa. E, por muito mal que me tenhas feito,
algo de bom deves ter feito, para continuar a amar-te desta maneira. Parece que
sim, o meu amor por ti, não tem virgulas, nem ponto final. Mantém-se sempre
incólume dentro de mim. Nada o destrói, nem as lágrimas de dor, nem os soluços
do sofrimento que me provocas, nem a mágoa da saudade, nada o destrói… é
engraçado não é?
Eu vou continuar a querer esquecer-te, até ao dia em que
consiga. Não posso desistir. Não quero, nem vou desistir. Eu hei-de conseguir,
um dia, eu vou cortar a fita da meta, receber o troféu e brindar com champanhe.
E nesse dia, eu vou começar uma nova vida, onde o passado é o livro que escrevi,
que terminei e que fechei na gaveta. Afinal, o passado não volta, nada volta,
os ponteiros do relógio seguem sempre em frente, a água não recua para trás… o
passado é tudo aquilo que nos levou ao presente. E, eu sei e sinto, que há-de
chegar o meu dia de libertação. Se calhar, até já faltou mais…
Até amanhã,
meu amor.
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