Venho de novo ao teu encontro, outra
noite em que não consigo dormir por sentir dores que a cabeça e o coração me
conferem, mas quando escrevo para ti, esqueço tudo o resto e é como se ao meu
lado estivesses.
Meu Amor, onde estás? E porque
razão, interrogo-me sozinho, porque razão nos mantemos afastados? Não conheço
as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce a compreender.
Fazes-me falta.
Vivo cada dia, aguardando um
contacto, um sinal, uma lembrança. Vivo cada saudade, com ternura, recordo os
melhores momentos. Enfrento o dia, encaro a realidade, mas nunca me esqueço de
ti. Todos os dias da minha vida vejo-te nos meus sonhos, todos os desejos de
felicidade, ofereço-te protecção em todos os teus caminhos. Na escuridão, o teu
olhar iluminava-me, guiava-me ao certo. Sinto a tua falta, mesmo sabendo que
estou mais próximo de ti do que possas imaginar. Enquanto viver, irei amar-te
em silêncio, porque foi o que me restou. Até que ponto chegou este amor, que se
transformou em saudades, em lembranças. Lembranças boas, lembranças más.
Prefiro ficar com as lembranças boas porque são elas que confortam a minha
alma.
Eu sonho com o teu rosto, sinto
saudades do teu corpo e em seguida imagino-te fazendo parte do meu cenário. Eu
teria tanta coisa para dizer-te, se eu soubesse como. Como fazer para que leias
os meus pensamentos? Assim saberias o quanto és especial para mim e saberias
como eu me sinto sem ti. Quando sonho, é contigo. Quando acordo é em ti que
penso, és tu que eu abraço quando estou junto ao mar, é por ti que eu sei o
verdadeiro significado da palavra amor, é por ti que eu sei amar e mesmo que te
encontres distante, eu pergunto, porque tinha de me apaixonar, com tanta gente
no Mundo, por alguém que insiste em não chegar? Mas eu obtenho a resposta a
esta pergunta, no meio de tanta gente, eu amo-te porque eu conheço-te melhor
que o meu próprio coração. Eu daria a minha alma, o meu coração e todo o meu
tempo. Mas, por mais que eu entregue tudo, o tudo não tem sido suficiente.
Aqui, tudo ficou como tu
deixaste. O gosto amargo do adeus, adeus que não foi dito. Ficou a lembrança
triste de ti. O vazio dentro de mim, a lágrima esquecida, que o vento
encarregou de secar. Ficou um grito dentro de mim. Só tu não ficaste. A vida é
mesmo assim, mas, como esquecer tudo o que fizemos e o que fomos? Como esquecer
que gosto de ti? Ficou uma saudade louca dentro de mim, eu não posso suportar,
sinto vontade de abraçar a morte e nela dormir o sono eterno, sinto vontade de
gritar, de acabar com tudo, de me sufocar nessas palavras imbecis. Mas, a vida
continua, e eu aqui para justificar a minha.
Peço-te, do fundo do coração:
não permitas que nada, nem ninguém, apague o que de mais bonito existiu entre
nós; medica toda e qualquer chaga que porventura ainda esteja aberta, para que
não haja dor entre nós; não deixes que qualquer nódoa ou cicatriz apague ou
extermine, do teu coração, os momentos mais felizes das nossas vidas, vividos
com o mais belo e puro amor nascido de nós e vivido por nós; nunca esqueças a
felicidade que eu te proporcionei, tampouco a que tu fizeste-me viver; jamais
me substituas dentro do teu coração, reservando sempre, para mim, o espaço que
me foi concedido por ti para guardar o meu coração dentro do teu, já que o meu
eu entreguei-te com todo amor; não permitas aos teus pensamentos que a minha
imagem seja denegrida, que eles esqueçam quem eu sou verdadeiramente, o que
representei para ti, o que fomos e somos um para o outro; não me queiras mal um
só momento sequer; não esqueças o quanto eu sempre te amei; acredita sim, no
fundo da tua alma, que sempre estarei à tua espera, sentido o mesmo amor que
sempre senti por ti, porque ele é tão-somente teu; não sofras, não procures a
dor, não a aceites, não te deixes enganar por sentimentos que poderão
assemelhar-se ao nosso amor, mas que, nós dois sabemos, jamais estarão próximos
de parecer-se com ele, porque ele é único, é insubstituível, é indestrutível, é
eterno.
Por fim eu peço-te: não deixes
apagar o sorriso dos teus lábios, a ternura da tua voz, a sensibilidade da tua
alma, o respeito que sempre pautou o nosso convívio enquanto fomos felizes
juntos, a alegria das tuas palavras, a honestidade das tuas atitudes, a
sinceridade que pautou o nosso relacionamento, o teu bom humor, a tua alegria,
a tua felicidade... Não foi por acaso que nos encontramos! Também deve haver
alguma razão para que tudo tenha conspirado contra a nossa união. Talvez não
tivesse chegado, ainda, o momento das nossas almas se unirem para sempre...
Saberei esperar!
Sabes, meu amor, morrer não é
triste e não penses que só porque não estás comigo seja essa a minha vontade.
Não. Quero somente dizer, que triste é sentir que fui esquecido por ti, que não
sou compreendido e sentir esta ausência que insistes em dar. É isto que me dói,
morrer comparado a isto não é nada.
Onde estarás? Não sei!...
Suaves lembranças agradáveis, voltam ao meu pensamento. Lembrei as músicas... sim,
era a nossa, que um dia ouvimos, quanto tempo já passou. A cada dia surge novas
esperanças e tu na minha alma ficaste, como afectuosa saudade e suave lembrança
deste nosso desencontro. Aprendi que viver o presente era a escolha mais certa
que poderia fazer, mas até no meu presente continuas a estar em mim…porque
continuo a amar-te tanto assim…
Até amanhã,
Meu amor.
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