“Sou o aeroporto que te
espera e que te vê partir”, escrevi-te há uns tempos atrás num outro texto. Hoje
sou obrigado a de novo ter que passar pela tua ausência. Foste embora mais uma
vez. Outra vez depois de me teres prometido que desta vez ficarias e que nós os
dois seríamos um sempre. Fui um estúpido em ter acreditado. Sempre foste
embora, porque desta vez seria diferente?
Sabes porque não corro atrás
de ti e te peço para ficares comigo? Não o faço porque não te ame, ou não goste
de ti, faço-o porque tu é que quiseste partir, desistir, deixar-me. Tu
decidiste virar as costas de novo sem motivo. Não corro atrás de ti, por agora,
prefiro ficar só e a viver na tristeza, do que estar ao lado de uma pessoa que
diz as coisas por dizer, mente e inventa sentimentos, cria ilusões, e depois
vai embora. Assim sem mais nem menos. Simplesmente vai embora. Desta vez, eu
quero esquecer-te, eu vou ter que o fazer, nem que eu lute contra mim todos os
dias, mas eu vou esquecer-te!
Nunca mereceste o meu amor,
nem metade do que fiz por ti. Confiei em ti e a minha vida virou do avesso.
Entreguei-me a ti de corpo, alma e coração e acabei sozinho. Fiz tanto por ti,
lutei tanto por ti, amei-te tanto, e acabei sozinho. Mas, hoje digo-te: melhor
estar sozinho, do que na tua companhia! Isto digo hoje, porque amanhã não sei o
que direi.
Adeus.
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