“Parecíamos duas
crianças”, é este comentário que fazemos quando nos lembramos das nossas tardes,
sentados no baloiço do parque principal da vila. Hoje relembrei-me desses
momentos. Do nosso início, em pleno mês de Maio, conhecemo-nos numa
Terça-Feira, 6 de Maio 2008, falamos a caminho da escola e a partir daí nunca
mais nos largamos. Ou melhor, nunca mais a vida nos fez esquecer um do outro.
Tu pelos teus motivos. Eu pelos meus. Eu com dezasseis anos e tu com treze. Sinto
falta desse tempo. Das nossas primeiras mensagens, das nossas primeiras
conversas, dos nossos primeiros passeios, no fundo sinto falta de nós mesmos.
De ti criança e de mim também meio criança. Este é um amor de juventude. Um
amor que me acompanha até hoje que estou a entrar na idade adulta, agora com
vinte e um anos. Cinco anos podem não ser nada aos olhos do mundo, mas quem lê
este Blogue percebe que esta é uma história com muitas turbulências, uma
história de amor vivida e sentida até ao mais profundo da alma, apesar de ser
também a história de um amor não correspondido. O amor é assim quando entra no
coração, ele entra a valer. Fere as vezes que forem precisas, mas se for
verdadeiro persiste nas tuas veias. Magoa todos os dias se for preciso mas se
for mesmo a valer, essas mágoas não deixam o amor morrer. Abre feridas, mas em
compensação dá-te momentos de puro êxtase. É violento mas ao mesmo tempo revela
a faceta pura de uma criança inocente. É feroz mas embala-nos numa paz
profunda. É triste, mas também nos faz felizes.
Tu foste na minha
história, o amor que mais amei até hoje. Aquele amor cujo sabor nunca provei,
mas que me fez sentir todas as emoções que um verdadeiro amor nos faz sentir.
Chorei a olhar o céu, a observar o horizonte, embalado nos meus soluços
noturnos, chorei ao ler mensagens, ao ver fotografias, ao entrar na tua rede
social, chorei ao ver-te nos braços de outro, chorei em várias ocasiões. Ri ao
ler mensagens, a pensar em ti, nas tardes contigo, nas nossas discussões e nos
nossos atrofios. Chorei, ri, pulei, saltei, imaginei, criei, sofri, amei,
odiei, numa palavra contigo e apesar de tudo eu vivi. É por isso que agora
acabo este texto com a frase que anda a circular por aí: “SEM TI É GAME OVER!”.
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