O meu amor-próprio sempre foi alimentado
pela ideia de que em nome do amor vale tudo. Mas olha no que é que isso me
tornou, uma pessoa patética. Não há nada mais patético do que sentimentos não
correspondidos. Sou uma pessoa inteligente, com caracter, digno, que sabe o que
quer da vida. Então mas porque raio estou aqui, sozinho, triste e pendurado?
Porque amo a pessoa errada, mas sei que não sou o único. O amor só é uma
condenação se nós deixarmos. Eu deixei de ter desculpas.
Sou um rapaz
apaixonado? Sou. Um rapaz que alimentou durante anos a esperança de que a minha
história afinal fosse a mesma que a tua, porque o que sentias por mim era mais
forte. Eu amo-te, mas deixei de ter desculpas. Tu não estás com outra pessoa
mas também não estás comigo.
Quando se ama, exige-se. Eu já fui até onde me
deixaste ir, mas continuo sozinho. A partir daqui, ou aceito o que me queres
dar e finjo que sou feliz, ou simplesmente deixo a vida acontecer. Eu é que
gostava que as nossas histórias, fossem a mesma história. Mas pelos vistos a
tua vai ser diferente. Chega de pensar que o que existe em ambos é um intervalo
entre o querer e o ter medo de arriscares. Mais do que um intervalo, o que eu
preciso é por um ponto final na comédia pouco romântica que é a minha vida.
Pascal escreveu uma vez: ‘o coração tem razões que a própria razão desconhece’.
Mas eu agora, estou a ser racional. E sei que independente do que eu faça no
minuto a seguir eu vou continuar a amar-te. Mas tu não me das alternativa.
Acabou. Tu fazes da tua vida o que quiseres. A história agora é outra e o final
também.
Até amanhã,
meu amor.
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