Este sou eu, e estas as minhas palavras. Parte daquilo que fui, parte daquilo que sou, necessariamente parte do que serei...
Sejam bem-vindos ao meu pequeno mundo de sonhos e contradições...
Para ti, este Blogue, um dia será a prova que tu poderás dar a toda a gente, que tiveste alguém que te amou incondicionalmente.
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Eu não consigo perceber, como é que um
homem, é capaz de fazer uma coisa tão horrenda como esta. Como é que um ser
humano, pode terminar assim com a vida de outra pessoa, que com certeza o amava
e faria tudo por ele? Prova disso, é que esta cena se realizou após uma
“reconciliação”. Fico indignado com a selvageria onde somos obrigados a viver.
Fico ainda mais triste com a injustiça da justiça portuguesa. Às vezes penso
mesmo que a maldade compensa, e que prova disso, é o monte de criminosos que
anda por aí à solta!
É um pouco assustador, ver o rumo que levam
certas relações amorosas. O ciúme doentio, a obsessão em ter alguém, são
sentimentos tão contrários à verdadeira premissa do amor. Quem ama confia. Quem
ama deixa livre aqueles que amam, pelo seu bem, para que eles próprios
encontram o caminho da sua felicidade. Quem ama não agride, não violenta, não
maltrata. Quem ama cuida, protege, acima de tudo, entrega o seu bem-estar, pelo
bem estar do outro. Mas a verdade, é que na maioria dos casos, não é isso que
acontece. Falo em homens agredirem mulheres, porque são casos, com maiores
percentagens. As mulheres também o fazem. Mas o amor não é isto! O amor não
leva a estes fins tão horrendos! Como é que uma coisa tão bonita, pode ter um
final tão feio?
Não consigo colocar-me no lugar de alguém que
bate na pessoa que ama! Eu jamais o faria! Sou ciumento. Mas nunca agredi
ninguém por ciúmes. Saber controlar-se é um dos maiores controlos que podemos
possuir. Não consigo perdoar e aceitar, esta realidade. Como é possível amar
alguém e acabar com a vida desse alguém? Que tipo de amor é este? Eu respondo:
não é nenhum. Quem conhece o amor, quem já o sentiu, sabe bem quais são as suas
verdadeiras premissas. E elas nada têm a ver, com a realidade que está exposta
naqueles cartazes… nada mesmo!
Gostava que esta fosse a minha
última carta para ti, porque nem tu, nem ninguém, apenas eu e Deus sabemos como
têm sido os meus dias desde que te conheci. Só Deus e eu sabemos o esforço que
faço todos os dias da minha vida para tentar aceitar um fim que nunca quis, uma
ausência que nunca imaginei vir a existir, uma saudade descontrolada que me
invade a alma e me corrói o coração. Só Deus e eu sabemos o quanto me dói a
distância, a saudade, e ainda ter que esquecer quem tanto amo, somando ainda o
facto dessa mesma pessoa não me amar. Eu vivi por este amor, literalmente.
Todos os dias tentei dar o melhor de mim a ele. Eu esforcei-me tanto!
Nunca conseguirei aceitar, o que
não tem entendimento possível. Eu fiz-te tanto bem, eu lutei tanto pela tua
felicidade, eu abdiquei da minha por ti, eu ia contra o mundo inteiro por ti, e
tu viras-me as costas sem justificação, nem nada que me faça entender, o
motivo, a razão e o porquê! Eu não merecia isto, e é por isso que me sinto tão
revoltado, tão magoado, tão saturado, tão desgastado… o tempo tem sido
implacável comigo, têm-me posto à prova de todas as maneiras e mais algumas, e
cada vez que eu penso que estou prestes a esquecer-te, eis que algo acontece, e
me tomba, me derruba… é como se vivesse no centro de um tsunami todos os dias.
Já tantas vezes pensei que este amor me fosse matar!
Já subi degraus num santuário
para que Deus me ajudasse nesta luta. Já rezei. Já implorei quase a tombar no
chão a Deus para me salvar. Já chorei acabando estendido no chão. Já me
contorci de dores. E acredita, o coração pode doer muito mais que uma perna
partida. Nenhuma dor se pode comparar às dores internas, até porque para essas
nem sequer existem medicamentos. Não dá para fugir dessas dores, temos que as
sentir, temos que as aguentar, temos que as suportar, e muitas vezes, era bem
melhor ter uma perna partida. Ao menos essa dor passava com um medicamento.
Talvez eu tenha errado. Errado
por me apaixonar. Sei lá. Como te disse, certa vez, em outra carta que te
escrevi, eu estou apaixonado por ti, praticamente desde o primeiro mês em que
nos conhecemos. Foste a melhor pessoa que eu conheci. Pelo menos naquela época.
E de lá até hoje, já passaram quase seis anos. Seis anos sofridos, conturbados,
contundentes… eu perdi tanto por este amor! Perdi a minha vida, a minha
alegria, o meu sorriso sincero, a minha paz, o meu coração, os meus sonhos… eu
perdi tudo. Eu esperei sempre por ti. Eu aguentei calado tudo isto. Pouco ou
nada me queixei. Só Deus e eu sabemos.
Apesar de tudo, com as pessoas eu
estou sempre disposto a sorrir. A brincar. A mandar piadas. Mas ninguém imagina
o quanto destruído eu estou por dentro. O quanto choro, o quanto me sinto sem
forças, sem vontade de continuar, sem paciencia para viver…
Eu sei que preciso de ajuda.
Sozinho eu não vou conseguir ultrapassar isto. Eu refugiei-me. Afastei-me.
Reservei-me. Vivo no meu cantinho, enquanto a vida me passa ao lado. O e mais
triste disto tudo é que eu desespero por não saber o que fazer para te
esquecer. Qual é a receita mágica para controlar os meus sentimentos por ti?
Como matar um amor? Como libertarmo-nos de uma paixão? Eu não estou a conseguir
chegar a estas respostas, e muito menos pô-las em prática.
Este amor sufoca-me. Contorce-me.
É atroz. Uma ferida que parece que nunca mais vai sarar. Um toquezinho e ela
sangra logo. E demora, demora muito a estancar. E quando estanca, vem mais um
toquezinho vindo de sei lá onde, e volta a sangrar, e volta depois a demorar a
estancar. É um ciclo. Nem este amor, nem a vida me têm dado descanço.
Que saudades que tenho do tempo
em que acordava e não me sentia já cansado, pesado, camuflado em mim mesmo…
Saudades de mim, do tempo passado, dos meus sonhos, e sobretudo saudade de não
sentir vergonha de mim mesmo, e de não ter medo de encarar o mundo!
Estou cansado. Hoje estou
realmente muito cansado. O amor, o sofrimento, esta luta diária e interna,
deixam-me exausto, sem forças, esmagado nesta realidade gelada, tolhido pelo
vazio e pelo som ensurdecedor deste silêncio!
Talvez tenha que procurar ajuda,
alguém que me acompanhe, que me faça descobrir novos caminhos, alguém que me
oriente, porque acho que estou estagnado no caos de toda esta realidade.
Realmente, até no signo eu dei azar! Tinha que ser logo Peixes, o signo mais romântico,
mais sonhador, mais incapacitado para se ajustar às mudanças, mais irrealista,
mais sofredor…
Sabes quando olhas à volta e tudo
parece estar a arruinar-se? Quando o chão que tu pisas já não é assim tão
sólido que aguente o teu peso? Sabes quando vês as coisas a escorrerem-te pelos
dedos sem poderes fazer nada para as agarrar? É assim que me sinto. E no amor é
mesmo assim, não podes agarrar alguém que quer ir… e isso dói, ah se dói!
Quando te conheci, apaixonei-me
por ti sem esperar apaixonar-me. E podes não acreditar, mas um mês depois de te
ter conhecido, já estava apaixonado por ti. Fui gostando da tua companhia, do
teu carinho, da tua atenção, de ti, do teu jeito simples, humilde e ingénuo.
Hoje passada mais de meia década, se me dissessem que te ia amar tanto, eu
nunca poderia imaginar o tanto que te amaria.
O sentimento foi crescendo, e a evolução da história foi gradual. Aos
poucos, criei uma ligação contigo que nem eu sei explicar. Amei-te sempre.
Mesmo nos momentos em que te odiei por todas as mágoas que me causaste. Eu não
merecia que me tivesses magoado tanto. Não depois de te ajudar a namorar com
outras pessoas, mesmo que isso significasse a minha maior dor e a minha maior infelicidade.
E foi-o. Mas a tua felicidade sempre foi o mais importante para mim. Não
merecia que me magoasses, mesmo sem saber, quando me contavas das tuas
aventuras sexuais. Mesmo assim eu suportei isso. Eu não merecia que me
deixasses de falar só porque sim. Ficasses meses sem me falar. Eu não merecia
que me dissesses “amo-te e nunca vou desistir de ti” e passado uma semana
mudasses de atitude comigo e te fosses outra vez embora.
Eu perdoei-te coisas imperdoáveis. Eu esperei por ti anos. Eu lutei
pelos teus sonhos e pela tua felicidade. Eu abdiquei do meu tempo para te
ajudar, para te apoiar e nunca te falhar. Eu esforcei-me tanto… e, quando
atrofiava contigo, era porque queria que me desses a atenção e o valor que eu
merecia. Atrofiava contigo porque achava que quando não me falavas estavas com
outras pessoas. E doía tanto. E continua a doer… e há-de sempre doer. Porque as
histórias da nossa vida nunca se apagam, acompanhar-nos-ão até ao fim. E sei,
que sempre que ouvir o teu nome me vou lembrar de ti, que o coração vai
acelerar quase como se me fosse saltar pelo peito, que quando te vir as pernas
vão tremer e vou ter vontade de fugir para longe.
Eu não te julgo por não gostares de mim, afinal, ninguém escolhe de
quem gosta. Julgo-te porque me prometeste ficar comigo, porque me juraste
quereres ficar comigo, porque me iludiste com promessas e me cobriste de
esperanças de que pelo menos podia continuar a teu lado fosse de que jeito
fosse. Eu passei todos os dias em que não estávamos juntos a pensar em ti e na
falta que me fazias. Enquanto que tu vivias a tua vida, sem te lembrares nem
por um segundo de quem te fez tanto. Sabes o quanto dói veres a pessoa que amas
com outra? Sabes o quanto dói ajudar a pessoa que amas a ficar com outra? Sabes
o quanto dói ouvi-la dizer que fez amor com outra? Tu podes não saber… mas eu
sei, sei porque o passei por ti. E mesmo magoado, revoltado, triste, infeliz,
usei as minhas forças para te amparar as quedas quando estavas mal. E nunca me
virei contra ti. Permaneci sempre ao teu lado, firme e intacto, na esperança
que um dia olhasses para o lado e percebesses o quanto eu te queria… o quanto
eu te amava. E durante tantos anos e apesar de todas as atrocidades que me
fizeste continuei a amar-te e à tua espera. Se fiz bem? Provavelmente não… mas,
sei que me esforcei. Porque só quem já amou sabe o esforço que é atravessar os
dias sem a pessoa que amamos por perto, e sem ter qualquer contacto dela… E
acredita, em alguns dias, nem sei como consegui sobreviver a eles…
Eu amei-te como nunca amei ninguém. Fiz tudo para ficar contigo, até o
que me custava a minha própria felicidade, e todo o meu esforço foi por água
abaixo e acabei sozinho, enfiado dentro de umas paredes, como se tivesse
cometido o maior crime do mundo, só por me ter apaixonado. Eu sempre gostei do
natal. Desde sempre foi a minha época do ano preferida. Mas até o encanto e a
magia do natal eu perdi por te amar. Por todas as desilusões e mágoas,
tornei-me uma pessoa fria e revoltada. Parece que vivo sempre irritado com alguma
coisa. Não escolhi ser assim, mas a vida transformou-me. Amar-te é no fundo a
maior aventura da minha vida. E eu sinto-me um aeroporto. Aquele que anseia a
tua chegada e sofre com cada partida.
As nossas tardes juntos para ti não tiveram valor nenhum. As conversas
que tivemos para ti foram só tempo passado. As vezes que te ajudei, te apoiei,
tentei realizar o teu maior sonho, não tiveram qualquer importância para ti. O
meu sofrimento para ti é um tanto-faz. E, por isso, não corro atrás de ti, nem
te procuro… porque para ser espezinhado, desvalorizado, e mal-amado já o fui
durante muitos anos. Não preciso sê-lo mais.
Já por diversas vezes pensei, um autor de histórias é como
ser Deus a brincar. Ele cria as suas personagens e dá a cada uma delas a sua
história, os seus problemas, as suas alegrias, as suas vivências.
Se eu fosse o autor da minha própria história, daria à minha
personagem todos os problemas que enfrentei, todas as dúvidas, medos, e
alegrias. Não mudaria nada. Porque acredito que cresci com tudo o que me
aconteceu ao longo da vida. E colocar-te-ia na mesma na minha história.
Escreveria todos os bons e maus momentos que passei ao teu lado. Choraria tudo
outra vez, magoar-me-ia em tudo o que na realidade me magoou, passaria por
todos os obstáculos, e continuava à tua espera. Porque acredito que é na espera
que se encontra o valor das coisas. É no esforço que fazemos para as ter que
encontramos o valor a dar-lhe mais tarde.
Se fosse eu o autor da nossa história, acredita, não mudaria
nada. Embora, tenha havido mais momentos maus, embora tenham existido muitas
decepções umas atrás das outras, apesar das mágoas incontáveis, e dos meses sem
falarmos… não apagaria isto. Reescreveria isto. Faria a minha personagem
sofrer. Daria a mim mesmo, o que a minha história me ofereceu. Mas mudaria o
final. Gostaria que na minha história, a mensagem final fosse a de que afinal
tudo vale a pena, e que na realidade não há impossíveis. Que tudo pode, de
facto, acontecer.
Não escrevia um final de novela. Escreveria um final idêntico
à realidade. Quem sabe um novo encontro por um acaso na rua, uma nova troca de
olhares, não acendesse a luz da nossa história perdida no tempo? Quem sabe as
mágoas, o teu sofrimento, e tudo pelo que passaste na vida, não te fizesse,
reconhecer o meu valor, e tudo aquilo que sempre fiz pela tua felicidade? Quem
sabe, depois de tantos desencontros, meias-verdades, afastamentos, e aquela
enorme falta de amor, a história não recomeçasse de outra forma, e ganhasse
outra direcção?
Uma coisa é certa, na minha história, eu e tu terminaríamos
felizes. Porque para mim tu não és como aquela minha camisola que eu amava e
que não me serve mais, e que mesmo que a alargasse não seria a mesma coisa, até
porque tu és o amor da minha vida, ou melhor, muito mais do que isso. O que eu
sinto por ti, palavras nenhumas conseguem explicar, e mesmo que tente
encontra-las, elas já nem sequer existem para a grandeza deste sentimento.
Talvez comece já hoje a ser um autor e brincar de Deus…
porque nas minhas histórias, as minhas personagens até podem sofrer muito, mas
no final, não se irão sentir injustiçadas e infelizes.